sábado, 11 de julho de 2009

Da Anistia Internacional - USA

Quatro destacados políticos estão detidos na tristemente célebre seção 209 da prisão Evin, onde incomunicabilidade, tortura e execução sumária é rotina. Os homens enfrentam detenção indefinida, porque todos eles publicamente apoiaram Mir Hossein Mousavi - que segundo o Conselho do Guardiães perdeu a controversa eleição - ou o outro candidato presidencial "reformista", Mehdi Karroubi.

Poderoso membro do governo iraniano quer usá-los como exemplo do que pode acontecer com aqueles que cometem "graves delitos", e se forem considerados culpados, eles poderão ser condenados à morte.

Estes quatro líderes se encontram em risco de enfrentar esta absurda e brutal punição. Mas mesmo que isso ocorra não calará o povo iraniano que apela por justiça e direitos humanos.

Relembre o Governo iraniano de que o mundo ainda está assistindo. Exija a libertação dos líderes da oposição encarcerados na infame prisão Evin em Teerã.


Temos fortes razões para temer que esses quatro homens - Ali Abtahi, Mostafa Tajzadeh, Mohsen Aminzadeh e Abdollah Ramazanzadeh - já estão experimentando na infame prisão Evin severas práticas de tortura.

Durante mais de três semanas se passaram, e esses quatro homens estão presos, sem qualquer acusação oficial. Desde que foram capturados dentro de suas casas, eles não tiveram contato com familiares ou advogados. Se o governo iraniano acredita que convencerá o mundo extraindo confissões mediante tortura, ele está tremendamente enganado.

Mas há sinais de que a parede do Irã não é impenetrável. Na semana passada, Mostafaei Mohammed, um advogado conhecido principalmente por seu trabalho na defesa de jovens condenados à morte, foi libertado da prisão Evin. Embora ainda tenha de enfrentar acusações em tribunais, ele está, pelo menos, livre da ameaça imediata da tortura.

Exijam às autoridades iranianas que libertem os líderes da oposição encarcerados na prisão Evin imediatamente.

Quase um mês já se passou e multidões continuam saindo as ruas em protesto no Irã. Mais de 2.200 pessoas foram presas no período pós-eleitoral. O Presidente iraniano Mahmoud Ahmedinejad recentemente proferiu um discurso na TV estatal insistindo que a ingerência de nações ocidentais foi a causa da violência. Mas, como a luta se dá de baixo para cima, das ruas para o tribunal, é imperioso que ninguém perca de vista aqueles que se levantaram na oposição.

Desde a eclosão da violência governamental no período pós-eleitoral, cerca de 30.000 ativistas da Anistia Internacional vêm pressionando as autoridades iranianas, enviando um turbilhão de e-mails e cartas ao governo. Temos que manter esta pressão se quisermos passar para eles que a responsabilidade de proteger os direitos humanos não pode ser violada, nem esquecida.

Esta é uma oportunidade para os líderes do Irã provar ao mundo que estão dispostos a aceitar a mudança. Até que façam isso, não podemos perder de vista aquilo que continua sendo a força motriz para tantos no Irã - a inexorável necessidade de proteger os direitos humanos.

Em Solidariedade --

Elise, Zahir, Christoph e outros

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