domingo, 22 de janeiro de 2012

A face oculta do ocupasampa/acampasampa/occupy

Infiltrada expulsa manifestante do ocupasampa/acampasampa




Acatando uma suposta decisão da assembléia na noite anterior, infiltrada -- apoiada por alguns hippies,  membros de uma ong (OCA) ligada ao PT, e elementos da polícia secreta paulista (P2) -- toma para si o cargo de porta voz do movimento occupy em São Paulo, e expulsa participante adepto da não-violência, por ele ter, dentro do acampamento, manifestado sua indignação contra o Estado patrocinar grupos armados (policiais) com dinheiro do contribuinte na cerimônia de formatura de 2.127 soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo.


Após longo período de preparação, iniciado em junho de 2011, o movimento 15o (a versão brasileira da Revolta do Jasmim) vê-se atacado por todos os lados.

O primeiro grupo a investir contra o 15o foram os trotskystas (PSTU, PSOL). Patrocinados pelos salários polpudos de políticos profissionais e seus acessores, chegaram a criar um site específico na rede, um suposto movimento social chamado "Juntos", feito de encomenda para manipular e redirecionar a luta para as urnas e seus projetos de poder sobre o povo.

Superado parcialmente esse obstáculo, o movimento 15o conseguiu instalar-se precariamente debaixo do Viaduto do Chá, não porque havia planejado, mas pelo temporal que desabou em 15 de outubro, e que forçou os participantes a se abrigarem da chuva naquele local, e ali permanecendo, e armando as barracas, e sofrendo ataques de fora para dentro (partidos, polícia, nóias) e de dentro para fora (P2, hippies reacionários, ongs patrocinadas pelo governo e outros partidos de situação e oposição).

Segue aqui minha avaliação, desde aquela fatídica segunda-feira, 31/10/2011, no Vale do Anhangabaú, da segunda maior formatura de soldados da história da Polícia Militar, onde 2.127 novos policiais reforçarão a violência e a repressão aos movimentos sociais no Estado de São Paulo.

Claro que a PM combate a criminalidade, negar isso é cegueira, mas tal combate é inócuo e contraproducente, pois ataca apenas o efeito. Um regime mercantilista -- com seu capitalismo (concentrado ou difuso) e suas divisões em classes sociais -- gera criminosos tanto em sua base (criminosos comuns) como em sua cúpula (ladrões de colarinho branco, membros dos seus poderes executivo, legislativo e judiciário).

A forma de luta que eu proponho, não é ocupar, mas (des)ocupar. Sair de toda e qualquer influência e abrangência capitalista, não pagar qualquer tipo de imposto ou tributo. Em outras palavras, sair radical e integralmente do domínio do capital, desocupar megalópois e ocupar regiões de baixo nível demográfico. Ao invés de tentar curar o incurável (o capitalismo de estado e o capitalismo privado), tentar começar tudo do zero, criando ambientes comunalísticos, com inspiração nas comunas bem sucedidas nesses últimos 2.000 anos (ou mais) que exigiram o impossível, ou seja, viver em paz.

http://taborita.blogspot.com/2009_05_01_archive.html

"Os primeiros cristãos desenvolveram uma forma de comunismo e compartilhamento. Isso está explícito em Atos: 'E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister'. (Atos 2: 44-5). E novamente Atos registra: 'E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns'.(Atos 4:32). Os pais da igreja primitiva também fora claros nesse aspecto. A declaração de Ambrósio no século IV não deixa dúvidas: 'A Natureza disponibilizou todas as coisas a todos os homens para uso comum... A Natureza produziu o direito comum para todos, mas a ganância tem produzido o direito para alguns'. Ele se antecipou a Kropotkin concluindo que 'pela vontade de Deus e pelo conjunto da natureza, deveríamos ser mútuos auxiliadores'". Extraído de "Comunalismo- das Origens ao Século XX", por Kenneth Rexroth

http://taborita.blogspot.com/2011/11/farsantes-do-15o-apoiam-pms-enquanto.html