Nada. Quem tem o poder político no governo, empresas públicas ou privadas tem apenas uma coisa em mente, manter seu status quo, permanecer indefinidamente em seu cargo, favorecer seus afetos, parentes e amigos. E quem ainda não tem esse poder não pensa em outra coisa a não ser alcançá-lo, a todo e qualquer custo. É a mais pura ilusão pensar que alguma coisa diferente disso possa vir dessas mentes perturbadas. Se muitos de nós passou a vida toda lutando por liberdade, justiça, igualdade de oportunidade para todos, é bom saber que muitos outros dedicaram toda sua vida ao favorecimento próprio, não importa como, e para isso, não exitando em suprimir liberdade e posse alheia, trilhar rotas de corrupção.
Dizem que a única coisa que as massas devem fazer, além de trabalhar para poder alimentá-los com seus impostos, é escolher nomes de uma lista que lhes é apresentada a cada 2 anos. Nomes que, uma vez eleitos, terão todos os poderes. Para dobrar seus próprios salários, para montar quadrilhas de assalto aos cofres públicos. Para encher ainda mais as burras de banqueiros e empresários. Para elaborar leis que beneficiam eles mesmos, com vantagens exclusivas, viagens ao exterior, cartões corporativos, prostitutas de luxo.
Político profissional e empresário corporativo têm a mesma natureza selvagem e predatória de hienas famintas a procura de presas frágeis e desorganizadas. Parecem insaciáveis em sua gana por destruição. Como disse um sábio, a sede deles por fama, poder, dinheiro, equivale a beber água do mar. Quanto mais bebem mais tem sede. Não passam de personalidades enfermas, perdidas no labirinto e na vacuidade de suas próprias vidas egoístas, que perderam todo o senso de responsabilidade, e que não dão um passo à frente sem exaltar a si mesmos, sem tecer autoelogios, em propagandas mentirosas e cínicas.
Muitos se iludem. Caem no lenga-lenga dos noticiários sobre política, onde comentaristas vigiados, fantasiados de especialistas, altamente comprometidos com as ordens de seus patrões, de seus cargos altamente remunerados, apresentam descrições de CEOs corporativos, partidos políticos e de seus líderes como coisas ou pessoas sérias e com alguma virtude. E quando tecem críticas são considerações superficiais que não atingem o âmago do problema, nem expõem a mentira do sistema representativo.
Nada devemos esperar desses crápulas que estão na ponta da pirâmide política e corporativa. Nossa principal perspectiva com relação a eles deve ser sua mais urgente derrocada.
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