sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Irã. Prisão, tortura e morte

Ramin Ghahremani: dependurado por muito tempo de cabeça para baixo.

Detalhes do martírio de outro prisioneiro

Qinze dias depois de defender a própria inocência, Ramin Ghahremani foi libertado da prisão com o corpo marcado pela tortura. Dois dias depois morreu nos braços da mãe, pelas conseqüências de seus ferimentos.

Segundo relatos da agencia de notícias iraniana Norooz, agentes identificaram Ramin em imagens tiradas a partir de uma câmera de segurança de um banco, durante os confrontos após as eleições. Em seguida, foram até sua casa, a fim de prendê-lo. Mas como não estava em casa, os agentes disseram à sua mãe que ele deveria apresentar-se o mais depressa possível.

A mãe de Shahid Ghahremani, que sabia que seu filho era inocente e não tinha feito nada além de participar em protestos pacíficos, o acompanhou ao local indicado pelos agentes. Quinze dias mais tarde, Ramin Ghahremani foi libertado com sinais de tortura em seu corpo. Após sua libertação, ele disse à sua mãe que tinha sido dependurado pelos pés por vários dias. Após sua libertação, Shahid Ghahremani foi admitido no hospital por causa de coágulos sanguíneos em seu peito, onde morreu mais tarde.

A família de Ghahremani foi ameaçada e pressionada a não espalhar notícias sobre o martírio do rapaz. Eles o enterraram sob pesadas medidas de segurança. Após o funeral foram ameaçados pelas forças de segurança para não chorar muito alto nem fazer a cerimônia do velório. Cinco membros da família tiveram problemas nervosos e alguns deles tiveram de ser hospitalizadas.

Ramin Ghahremani nasceu em 1358 (1979) e morou em Shahr Ara Street.

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