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Advogados e ativistas que acompanham o caso de Sakineh, uma mulher iraniana condenada por adultério, disseram que em breve ela poderá ser apedrejada até a morte ou enforcada.
A ativista pelos direitos da mulher Soheila Vahdati falou à Rádio Farda em 17 de junho sobre o caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani. Ashtiani, que tem dois filhos, está detida na cidade de Tabriz, no noroeste do Irã, desde 2005.
Vahdati disse que Sakineh foi anteriormente condenada a 99 chicotadas em 2006 por ter "relações ilícitas". A sentença foi executada e seu caso foi encerrado.
Mas as autoridades posteriormente passaram a acusar Ashtiani de assassinato. Os promotores alegaram que Ashtiani e seu namorado tinham matado o marido.
Ao analisar a acusação de assassinato contra Ashtiani, a ativista Vahdati qualificou de "ilegal" a reabertura do caso contra Ashtiani. Pela segunda vez Ashtiani seria julgada por suposto adultério.
De acordo com Vahdati, Ashtiani foi sentenciada a ser apedrejada até a morte pelo mesmo ato de suposto adultério pelo qual ela antes tinha sido condenada a 99 chibatadas.
Apesar de negar as acusações contra ela, Ashtiani pediu clemência às autoridades.
Segundo a ativista Vahdati, Ashtiani disse às autoridades: "Se eu errei, me arrependo."
Seu pedido de clemência foi rejeitado.
O advogado Mostafaie Mohammad, que representa Ashtiani, também mantém sua inocência. Escrevendo em seu blog pessoal, o advogado descreveu como iminente o apedrejamento de Ashtiani e disse que sua cliente será executada "por um crime que não cometeu."
De acordo com o artigo 83 das Leis de punição islâmica no Irã, ratificada em 1991, a pena para adultério é morte por apedrejamento.
No entanto, o assassinato não é punido no Irã por apedrejamento. Assassinos que recebem a sentença de morte são enforcados.
http://www.rferl.org/content/Fear_For_Iranian_Woman_Facing_Death_By_Stoning_/2075376.html
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** Facebook (por Sakineh): http://bit.ly/cxHSJo
** Pessoas eventualmente se reúnem em frente às Embaixadas da República Islâmica em todo o MUNDO para protestar contra tais punições brutais como o apedrejamento até a morte e as execuções.
Na semana passada, um protesto em massa global evitou que uma mulher iraniana, Sakineh Mohammadi Ashtiani, fosse apedrejada até a morte. Mas Sakineh ainda corre o risco de ser enforcada, e hoje, mais de quinze pessoas aguardam execução por apedrejamento - as mulheres são enterradas até o pescoço e grandes pedras são arremessadas em suas cabeças. Corajoso iranianos iniciaram uma campanha internacional pró Sakineh revelando ao mundo inteiro essa barbárie ainda praticada no Irã. Vamos transformar o apelo desesperado da família de Sakineh em um movimento pelo fim do apedrejamento e dessas condenações absurdas - assine a petição e envie para todos teus amigos e familiares: |
Uma mulher iraniana, em Bruxelas, protestando contra a prática desumana de morte por apedrejamento. Foto: Thierry Roge / Reuters
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