William Bonner dá conselhos a grupo de adolescentes da Favela do Alemão |
Ontem vi cenas que me fizeram rir. O William Bonner, testa de ferro da Globo, com ares de professor e dono da verdade, mandou buscar a equipe do "Voz da Comunidade" para dentro dos estúdios da emissora para, com ares de arrogância, dizer-lhes que é necessário gostar de uma profissão para se dar bem nela. Se o que ele falou é verdade, então o próprio Bonner não deve gostar de sua profissão, pois aqueles garotos da favela, providos apenas de um lap top e da vontade de contar a verdade, alcançaram mais projeção e credibilidade do que as poderosas Globo, Bandeirantes, SBT, Record, Rede TV, TV Cultura, juntas.
Mesmo com toda sua tecnologia, aparatos eletrônicos, helicópteros, equipes de profissionais endinheirados, títulos, prêmios jornalísticos auto concedidos, essas redes de TV revelaram-se capengas na cobertura da tomada governamental do Alemão, pelo seu jornalismo parcial, repetitivo e enfadonho, voltado à manutenção do status quo, dedicados sobretudo a ganhar dinheiro propagando mentiras de políticos, anunciantes, acionistas e investidores. Os jovens da favela chamaram a atenção do mundo inteiro pela qualidade da cobertura jornalística feita a partir de seus barracos. Bonner deveria ter ido à favela para aprender sobre jornalismo, não o contrário.
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