domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
Imagens do Google View mostram falhas importantes na estrutura do prédio que desabou na Rua Laura de Araújo no Rio de Janeiro
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Quanto mais estatização, mais corrupção. Quanto mais privatização mais exploração. Pela coletivização de bens de produção e de consumo
"Você assassina a juventude...Você,Hiena com face polida e gravata-borboleta,Nesse escritório de um bilhão de dólares que aCorporação deu para você tomar conta;Urubu que goteja carne putrefata,Negligente e cuidadosamente vestido em tecidos de lã importados,Dissertando a Idade da Abundância;Chacal em gabardine com duas fileiras de botões,Latindo através de um controle remoto,Nas Nações Unidas..." Kenneth Rexroth
Pode procurar em qualquer lugar do Brasil de hoje, em qualquer setor da economia, e você vai encontrar empresários, executivos e administradores empenhados em alcançar ganhos de produtividade como seus predecessores vêm fazendo desde a Idade Média na Europa, com a diferença de que em vez de usar chicote e tronco para aumentar a produção e forca para punir rebeldes, usam ameaças e carta de demissão e subtração de direitos trabalhistas, a resposta encontrada para manter um ambiente de estabilidade macroeconômica e saúde empresarial ao custo do crescimento do exército de trabalhadores e de jovens lançados a cada ano nas ruas e favelas da fome, da miséria e da droga.
Temerosos em ver seus lucros destruídos pela inflação ou pela desvalorização da moeda, acossam os trabalhadores como hienas implacáveis. Agora, imaginem a sensação desses predadores insaciáveis, que representa aquilo que há de mais brutal no País, verificando que uma boa conexão em Brasília vale mais do que a criatividade e o esforço físico da matilha empresarial.
O "capitalismo de compadres" tem esse efeito de mudança nas táticas de ataque, que propicia o avanço do bando em relação aos seus concorrentes.
De que adianta ter uma boa ideia e preparar um bom projeto de extração de mais valia de trabalhadores ou de lucro fácil pela destruição da natureza se, para levá-lo adiante, precisa-se de uma decisão ou de um favor de alguém do governo? A conexão para viabilizar o projeto acaba se tornando tão interessante quanto o próprio projeto.
Vamos logo fazer as ressalvas de praxe: é claro que o mercado não funciona sem o Estado e o Estado não funciona sem o mercado. As leis, os controles e as garantias institucionais servem para manter essa parceria perversa; é claro que é indispensável que os governos simulem atuar em educação, saúde, segurança, transporte para as massas, para mantê-las sob controle; é claro que é razoável a presença do Estado estimulando e garantindo o status quo e os privilégios das elites.
Afinal, não é essa a função das agências reguladoras, das estatais, dos bancos e das empresas públicas, além do próprio governo quando atua como construtor de estradas, portos, hidrelétricas, etc, ou seja, pavimentando as trilhas dos predadores para facilitar sua ação?
Certamente, em todos esses níveis de intervenção estatal há aumento na concentração de renda, favorecendo os ricos e as corporações. Imaginem, por exemplo - para ir ao limite -, que os diretores das agências e das estatais fossem contratados no mercado por competentes e reconhecidas hienas privadas de extração de mais valia de trabalhadores.
Absurdo? De jeito nenhum. Isso é até bastante comum pelo mundo afora. O atual presidente do banco central de Israel, Stanley Fischer, um economista americano, foi contratado assim, numa espécie de concorrência global. Aliás, basta abrir as páginas de classificados da revista The Economist: toda semana aparecem editais oferecendo vagas de diretores e presidentes de companhias públicas em diversos países, sem restrição de nacionalidade para os candidatos.
O Brasil, e especialmente no governo Lula, está no lado exatamente oposto. As nomeações são politizadas, cargos repartidos na base de apoio. Isso escancara as portas do "compadrio" e da pura e simples corrupção.
Reparem, um diretor de estatal ou de agência, contratado pela competência na extração de mais valia de trabalhadores, terá compromissos com os resultados fixados por ocasião da admissão. Por exemplo: a diretoria dos Correios terá como objetivo dobrar o faturamento em tantos anos fazendo com que a população pague mais caro pelos serviços e reduzir o prazo de entrega da correspondência em tantas horas por uma exploração ainda maior dos carteiros. Cumpriu, recebe o prêmio; não cumpriu, está fora.
Um diretor nomeado pelo partido tem compromisso com o partido e com os companheiros em geral. Note-se que o presidente Lula consagrou como correta a tese de que é preciso colocar os companheiros e aliados, por critérios políticos, nos postos de governo, nas agências reguladoras e nas companhias públicas.
O compromisso com o partido ou com o presidente pode ser cumprido de maneira legal, mas mesmo assim causando danos. O governo pode impor programas e obras, com roubalheira, mas que só se justificam política e eleitoralmente. Por exemplo, a Petrobrás, tempos atrás, apresentou ao presidente Lula um plano de investimentos mais modesto. O presidente mandou ampliar para os gigantescos programas atuais. É grande o risco de a empresa estar se metendo em projetos caros demais, de baixa rentabilidade.
Lula também está forçando os bancos públicos a aumentarem seus empréstimos, desde para grandes empresas escolhidas pelo governo até para famílias comprarem a casa própria. Os empréstimos podem ser ruins e o dinheiro pode não voltar.
Por que dizemos "pode"? Porque isso só se saberá mais à frente. Mas o precedente é este: estatais e bancos (incluindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal) quebraram exatamente com esse tipo de política econômica. Já vimos esse filme. E notem. Os dirigentes, nomeados politicamente, nem pensam em contestar as ordens vindas do governo.
Neste caso, temos erros de política. Mas esse sistema inevitavelmente acrescenta a corrupção. Para dizer francamente, quanto mais Estado na economia, mais corrupção. Quanto mais privatização na economia mais exploração. Exemplos? Os países de capitalismo de estado, de economia inteiramente estatal, bateram todos os recordes de corrupção e ineficiência. Os paises de capitalismo privado, de economia inteiramente privada, estão todos falidos ou à beira da falência. Vide Finlândia, Grécia, Portugal, França, Inglaterra, Estados Unidos, etc.
O governo FHC havia pavimentado as trilhas das hienas colocando estatais e bancos a serviço deles e introduzido regras técnicas e de mercado para seu funcionamento. O governo Lula repolitizou tudo. Com as consequências que já vemos por aí. Se conseguiram estragar ainda mais os Correios - com ineficiência e corrupção -, por que não conseguiriam estragar ainda mais a Petrobrás ou a Caixa Econômica Federal?
É isso aí: nessas e em qualquer atividade econômica, quanto menos Estado e quanto menos hienas empresariais, melhor. Pela coletivização de terras, fábricas, equipamentos, bens e produtos. Mil vezes mais eficiente que o empreendedorismo privado e corporativo, bem mais eficaz que o rei e seus amigos.
"Você assassina a juventude...Você,Hiena com face polida e gravata-borboleta,Nesse escritório de um bilhão de dólares que aCorporação deu para você tomar conta;Urubu que goteja carne putrefata,Negligente e cuidadosamente vestido em tecidos de lã importados,Dissertando a Idade da Abundância;Chacal em gabardine com duas fileiras de botões,Latindo através de um controle remoto,Nas Nações Unidas..." Kenneth Rexroth
Pode procurar em qualquer lugar do Brasil de hoje, em qualquer setor da economia, e você vai encontrar empresários, executivos e administradores empenhados em alcançar ganhos de produtividade como seus predecessores vêm fazendo desde a Idade Média na Europa, com a diferença de que em vez de usar chicote e tronco para aumentar a produção e forca para punir rebeldes, usam ameaças e carta de demissão e subtração de direitos trabalhistas, a resposta encontrada para manter um ambiente de estabilidade macroeconômica e saúde empresarial ao custo do crescimento do exército de trabalhadores e de jovens lançados a cada ano nas ruas e favelas da fome, da miséria e da droga.
Temerosos em ver seus lucros destruídos pela inflação ou pela desvalorização da moeda, acossam os trabalhadores como hienas implacáveis. Agora, imaginem a sensação desses predadores insaciáveis, que representa aquilo que há de mais brutal no País, verificando que uma boa conexão em Brasília vale mais do que a criatividade e o esforço físico da matilha empresarial.
O "capitalismo de compadres" tem esse efeito de mudança nas táticas de ataque, que propicia o avanço do bando em relação aos seus concorrentes.
De que adianta ter uma boa ideia e preparar um bom projeto de extração de mais valia de trabalhadores ou de lucro fácil pela destruição da natureza se, para levá-lo adiante, precisa-se de uma decisão ou de um favor de alguém do governo? A conexão para viabilizar o projeto acaba se tornando tão interessante quanto o próprio projeto.
Vamos logo fazer as ressalvas de praxe: é claro que o mercado não funciona sem o Estado e o Estado não funciona sem o mercado. As leis, os controles e as garantias institucionais servem para manter essa parceria perversa; é claro que é indispensável que os governos simulem atuar em educação, saúde, segurança, transporte para as massas, para mantê-las sob controle; é claro que é razoável a presença do Estado estimulando e garantindo o status quo e os privilégios das elites.
Afinal, não é essa a função das agências reguladoras, das estatais, dos bancos e das empresas públicas, além do próprio governo quando atua como construtor de estradas, portos, hidrelétricas, etc, ou seja, pavimentando as trilhas dos predadores para facilitar sua ação?
Certamente, em todos esses níveis de intervenção estatal há aumento na concentração de renda, favorecendo os ricos e as corporações. Imaginem, por exemplo - para ir ao limite -, que os diretores das agências e das estatais fossem contratados no mercado por competentes e reconhecidas hienas privadas de extração de mais valia de trabalhadores.
Absurdo? De jeito nenhum. Isso é até bastante comum pelo mundo afora. O atual presidente do banco central de Israel, Stanley Fischer, um economista americano, foi contratado assim, numa espécie de concorrência global. Aliás, basta abrir as páginas de classificados da revista The Economist: toda semana aparecem editais oferecendo vagas de diretores e presidentes de companhias públicas em diversos países, sem restrição de nacionalidade para os candidatos.
O Brasil, e especialmente no governo Lula, está no lado exatamente oposto. As nomeações são politizadas, cargos repartidos na base de apoio. Isso escancara as portas do "compadrio" e da pura e simples corrupção.
Reparem, um diretor de estatal ou de agência, contratado pela competência na extração de mais valia de trabalhadores, terá compromissos com os resultados fixados por ocasião da admissão. Por exemplo: a diretoria dos Correios terá como objetivo dobrar o faturamento em tantos anos fazendo com que a população pague mais caro pelos serviços e reduzir o prazo de entrega da correspondência em tantas horas por uma exploração ainda maior dos carteiros. Cumpriu, recebe o prêmio; não cumpriu, está fora.
Um diretor nomeado pelo partido tem compromisso com o partido e com os companheiros em geral. Note-se que o presidente Lula consagrou como correta a tese de que é preciso colocar os companheiros e aliados, por critérios políticos, nos postos de governo, nas agências reguladoras e nas companhias públicas.
O compromisso com o partido ou com o presidente pode ser cumprido de maneira legal, mas mesmo assim causando danos. O governo pode impor programas e obras, com roubalheira, mas que só se justificam política e eleitoralmente. Por exemplo, a Petrobrás, tempos atrás, apresentou ao presidente Lula um plano de investimentos mais modesto. O presidente mandou ampliar para os gigantescos programas atuais. É grande o risco de a empresa estar se metendo em projetos caros demais, de baixa rentabilidade.
Lula também está forçando os bancos públicos a aumentarem seus empréstimos, desde para grandes empresas escolhidas pelo governo até para famílias comprarem a casa própria. Os empréstimos podem ser ruins e o dinheiro pode não voltar.
Por que dizemos "pode"? Porque isso só se saberá mais à frente. Mas o precedente é este: estatais e bancos (incluindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal) quebraram exatamente com esse tipo de política econômica. Já vimos esse filme. E notem. Os dirigentes, nomeados politicamente, nem pensam em contestar as ordens vindas do governo.
Neste caso, temos erros de política. Mas esse sistema inevitavelmente acrescenta a corrupção. Para dizer francamente, quanto mais Estado na economia, mais corrupção. Quanto mais privatização na economia mais exploração. Exemplos? Os países de capitalismo de estado, de economia inteiramente estatal, bateram todos os recordes de corrupção e ineficiência. Os paises de capitalismo privado, de economia inteiramente privada, estão todos falidos ou à beira da falência. Vide Finlândia, Grécia, Portugal, França, Inglaterra, Estados Unidos, etc.
O governo FHC havia pavimentado as trilhas das hienas colocando estatais e bancos a serviço deles e introduzido regras técnicas e de mercado para seu funcionamento. O governo Lula repolitizou tudo. Com as consequências que já vemos por aí. Se conseguiram estragar ainda mais os Correios - com ineficiência e corrupção -, por que não conseguiriam estragar ainda mais a Petrobrás ou a Caixa Econômica Federal?
É isso aí: nessas e em qualquer atividade econômica, quanto menos Estado e quanto menos hienas empresariais, melhor. Pela coletivização de terras, fábricas, equipamentos, bens e produtos. Mil vezes mais eficiente que o empreendedorismo privado e corporativo, bem mais eficaz que o rei e seus amigos.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Irã Executa Prisioneiros Secretamente na Prisão de Vakilabad
(25 de outubro de 2010). O Poder Judiciário do Irã deve interromper imediatamente as execuções na Prisão de Vakilabad em Mashad e dar uma resposta transparente às alegações de um excessivo número de execuções em suas instalações, disse hoje a Campanha Internacional para os Direitos Humanos no Irã.
A Campanha continua a receber relatos verdadeiros de ex-prisioneiros de Vakilabad sobre execuções de reclusos sem aviso prévio. Fontes confiáveis indicam que numerosas execuções foram realizadas dentro da prisão de Vakilabad no ano passado e mais de 600 detentos permanecem no corredor da morte.
As autoridades disseram ter executado dez detentos em Vakilabad na terça-feira 12 de outubro. O número de execuções anunciadas publicamente pelas autoridades são consideravelmente mais baixos do que os números reais. A Anistia Internacional relata que pelo menos 388 execuções tiveram lugar no Irã em 2009.
"Esses relatos de execuções em Mashad indicam que o Irã está executando bem mais pessoas - dramaticamente mais - do que revelam", disse Aaron Rhodes, porta-voz da Campanha.
"Diante da falta de transparência do governo iraniano sobre as execuções, o Judiciário precisa dar um relato completo do que está acontecendo dentro do corredor da morte de Vakilabad", acrescentou.
Autoridades não divulgam estatísticas sobre a aplicação de penas de morte, os nomes de centenas de prisioneiros executados a cada ano, ou os crimes pelos quais foram condenados. Vários ex-presos Vakilabad informaram que os funcionários tentam limitar as informações sobre execuções de presos.
"As famílias, advogados e presos não só não recebem qualquer decisão por escrito relacionadas com a execução, como também não têm idéia de quando as execuções serão realizadas, e muito menos admitem a presença da família durante as execuções", disse um ex-prisioneiro de Vakilabad a Campanha sobre execuções na instalação. "Os corpos são entregues no dia seguinte, depois que as famílias pagaram o custo da corda [usada no enforcamento]", acrescentou.
"Quando [os funcionários] realizam as execuções, os telefones de prisão são cortados por cerca de 4 horas de modo que ninguém possa comunicar a notícia ao mundo exterior. Os estaleiros são evacuados, e [quase] todos os presos são transferidos para dentro da enfermaria ", disse o ex-prisioneiro. "Neste momento todos sabem que é hora de execuções. Ninguém sabe de quem é a vez, até que os nomes são lidos em um alto falante por funcionários do presídio e os guardas removem os presos da ala".
"Estamos preocupados pois, se estas execuções estão de fato ocorrendo em Mashad, o mesmo deve estar ocorrendo também em outras prisões", afirmou Rhodes.
Fontes da Campanha informaram que dentro da prisão os funcionários são autorizados a atender procedimentos de pré-execução. "Asim que as execuções são realizadas, nomes e números de presos são revelados e os outros presos ficam sabendo o que aconteceu com".
Um ex-prisioneiro descreveu as execuções no final de outubro de 2009. "Eu estava na ala 61 quando vi o número de pessoas que seriam executadas (46) com meus próprios olhos. Eu vi o ritual de purificação religiosa, quando eles escreviam suas vontades. Após esses procedimentos, eles foram transferidos para o local onde foram executados".
De acordo com várias fontes, a maioria dos prisioneiros no corredor da morte de Vakilabad foram condenados por crimes relacionados com narcóticos. Alguns relataram que foram torturados e forçados a fazer confissões, mas os juízes que participam dos julgamento ignoram seus esses relatos de coerção física.
Ahmad Ghabel, um erudito religioso e crítico do governo, foi detido na prisão de Vakilabad. "Pelas minhas contas, durante três meses foram mais de cinquenta pessoas [executadas]", disse Ghabel à Campanha. "Quando eu digo mais de cinqüenta, é porque não quero errar a quantidade por uma única pessoa. Se eu levar em consideração relatos de, talvez os números superem isso".
"Parece-me que, a fim de evitar um grande alvoroço internacional sobre o assunto, [os funcionários da prisão Vakilabad] fazem isso em silêncio e não fazem nenhum anúncio sobre as execuções", acrescentou Ghabel.
Após sua liberação em junho, Ghabel falou publicamente sobre estas execuções secretas. Em 08 de setembro de 2010, Ghabel foi convocado para os Tribunais Revolucionários da Fariman e detido. Ghabel mulher disse à campanha que eles acreditam que as autoridades o detiveram em resposta às suas declarações sobre as execuções na prisão Vakilabad.
Em março de 2010, durante a Revisão Periódica Universal das Nações Unidas pelo Conselho de Direitos Humanos, vários Estados membros da ONU, incluindo Brasil, Alemanha e Eslováquia, defenderam a tese de que u o Irã imponha uma moratória geral sobre a pena de morte. Em dezembro de 2010, a Assembléia Geral da ONU na Resolução 64/176 expressou preocupação com "a alto e contínuo aumento da taxa de execuções levadas a cabo na ausência de salvaguardas internacionalmente reconhecidas" e instou o Irã a abolir as execuções públicas, a execução de menores, e as execuções por apedrejamento.
O Irã é a nação que executa o segundo maior número de indivíduos por ano no mundo, perdendo apenas para a China, e tem a maior taxa per capita de execuções. O número de execuções aumentou dramaticamente sob a administração de Ahmadinejad. Em 2005, quando assumiu o cargo, o Irã executou 86 prisioneiros, e este número subiu para pelo menos 388 em 2009.
fonte: http://www.iranhumanrights.org/2010/10/executions-vakilabad/
A Campanha continua a receber relatos verdadeiros de ex-prisioneiros de Vakilabad sobre execuções de reclusos sem aviso prévio. Fontes confiáveis indicam que numerosas execuções foram realizadas dentro da prisão de Vakilabad no ano passado e mais de 600 detentos permanecem no corredor da morte.
As autoridades disseram ter executado dez detentos em Vakilabad na terça-feira 12 de outubro. O número de execuções anunciadas publicamente pelas autoridades são consideravelmente mais baixos do que os números reais. A Anistia Internacional relata que pelo menos 388 execuções tiveram lugar no Irã em 2009.
"Esses relatos de execuções em Mashad indicam que o Irã está executando bem mais pessoas - dramaticamente mais - do que revelam", disse Aaron Rhodes, porta-voz da Campanha.
"Diante da falta de transparência do governo iraniano sobre as execuções, o Judiciário precisa dar um relato completo do que está acontecendo dentro do corredor da morte de Vakilabad", acrescentou.
Autoridades não divulgam estatísticas sobre a aplicação de penas de morte, os nomes de centenas de prisioneiros executados a cada ano, ou os crimes pelos quais foram condenados. Vários ex-presos Vakilabad informaram que os funcionários tentam limitar as informações sobre execuções de presos.
"As famílias, advogados e presos não só não recebem qualquer decisão por escrito relacionadas com a execução, como também não têm idéia de quando as execuções serão realizadas, e muito menos admitem a presença da família durante as execuções", disse um ex-prisioneiro de Vakilabad a Campanha sobre execuções na instalação. "Os corpos são entregues no dia seguinte, depois que as famílias pagaram o custo da corda [usada no enforcamento]", acrescentou.
"Quando [os funcionários] realizam as execuções, os telefones de prisão são cortados por cerca de 4 horas de modo que ninguém possa comunicar a notícia ao mundo exterior. Os estaleiros são evacuados, e [quase] todos os presos são transferidos para dentro da enfermaria ", disse o ex-prisioneiro. "Neste momento todos sabem que é hora de execuções. Ninguém sabe de quem é a vez, até que os nomes são lidos em um alto falante por funcionários do presídio e os guardas removem os presos da ala".
"Estamos preocupados pois, se estas execuções estão de fato ocorrendo em Mashad, o mesmo deve estar ocorrendo também em outras prisões", afirmou Rhodes.
Fontes da Campanha informaram que dentro da prisão os funcionários são autorizados a atender procedimentos de pré-execução. "Asim que as execuções são realizadas, nomes e números de presos são revelados e os outros presos ficam sabendo o que aconteceu com".
Um ex-prisioneiro descreveu as execuções no final de outubro de 2009. "Eu estava na ala 61 quando vi o número de pessoas que seriam executadas (46) com meus próprios olhos. Eu vi o ritual de purificação religiosa, quando eles escreviam suas vontades. Após esses procedimentos, eles foram transferidos para o local onde foram executados".
De acordo com várias fontes, a maioria dos prisioneiros no corredor da morte de Vakilabad foram condenados por crimes relacionados com narcóticos. Alguns relataram que foram torturados e forçados a fazer confissões, mas os juízes que participam dos julgamento ignoram seus esses relatos de coerção física.
Ahmad Ghabel, um erudito religioso e crítico do governo, foi detido na prisão de Vakilabad. "Pelas minhas contas, durante três meses foram mais de cinquenta pessoas [executadas]", disse Ghabel à Campanha. "Quando eu digo mais de cinqüenta, é porque não quero errar a quantidade por uma única pessoa. Se eu levar em consideração relatos de, talvez os números superem isso".
"Parece-me que, a fim de evitar um grande alvoroço internacional sobre o assunto, [os funcionários da prisão Vakilabad] fazem isso em silêncio e não fazem nenhum anúncio sobre as execuções", acrescentou Ghabel.
Após sua liberação em junho, Ghabel falou publicamente sobre estas execuções secretas. Em 08 de setembro de 2010, Ghabel foi convocado para os Tribunais Revolucionários da Fariman e detido. Ghabel mulher disse à campanha que eles acreditam que as autoridades o detiveram em resposta às suas declarações sobre as execuções na prisão Vakilabad.
Em março de 2010, durante a Revisão Periódica Universal das Nações Unidas pelo Conselho de Direitos Humanos, vários Estados membros da ONU, incluindo Brasil, Alemanha e Eslováquia, defenderam a tese de que u o Irã imponha uma moratória geral sobre a pena de morte. Em dezembro de 2010, a Assembléia Geral da ONU na Resolução 64/176 expressou preocupação com "a alto e contínuo aumento da taxa de execuções levadas a cabo na ausência de salvaguardas internacionalmente reconhecidas" e instou o Irã a abolir as execuções públicas, a execução de menores, e as execuções por apedrejamento.
O Irã é a nação que executa o segundo maior número de indivíduos por ano no mundo, perdendo apenas para a China, e tem a maior taxa per capita de execuções. O número de execuções aumentou dramaticamente sob a administração de Ahmadinejad. Em 2005, quando assumiu o cargo, o Irã executou 86 prisioneiros, e este número subiu para pelo menos 388 em 2009.
fonte: http://www.iranhumanrights.org/2010/10/executions-vakilabad/
sábado, 23 de outubro de 2010
Leis contra direitos e conquistas de trabalhadores começam a despertar revolta em toda parte
LONDRES: milhares de pessoas participaram de protestos em todo o Reino Unido diante do anúncio do governo no corte nos gastos públicos que atendem necessidades básicas da população.
Sindicalistas participaram de uma série de protestos em todo o Reino Unido como parte de uma campanha contra os cortes de gastos do governo.
Sindicalista britânico ataca cortes anunciados pelo governo |
O secretário geral do sindicato dos Ferroviários, Marítimos e Transportes (RMT), Bob Crow, disse em Londres que uma ação coletiva é necessária para conter os cortes anunciados pelo Chanceler George Osborne, e convocou as pessoas para participar da manifestação nacional que será realizada em 26 de março do próximo ano, no Hyde Park em Londres.
Cerca de 490 mil empregos no setor público tendem a ser perdidos, como parte do corte - o mais profundo e mais amplo a ser implementado por um governo em décadas.
O governo diz que o corte é necessário para reduzir o déficit de 115 bilhões de libras do Reino Unido e fortalecer a economia, a longo prazo. Destina-se a economizar 83 bilhões de libras em quatro anos.
Durante seu pronunciamento, o Sr. Osborne disse: "recuar agora e abandonar os nossos planos seria o caminho para a ruína econômica", acrescentando que "a Grã-Bretanha mais forte começa aqui".
A maioria das manifestações pelo Reino Unido ocorreram de forma pacífica, mas duas pessoas foram presas e dois policiais ficaram feridos em uma passeata organizada em Bristol pela recém-criada Aliança Anti-Cortes.
Em Londres, manifestantes se reuniram diante da sede da RMT para ouvir discursos do deputado Crow e Matt Wrack, líder sindical dos bombeiros em Londres.
Onda de protesto
Crow disse aos manifestantes que o movimento terá que se espalhar "pelos conjuntos habitacionais, pelos locais de trabalho, por cada setor da sociedade, para evitar pagar o preço pela corrupção dos banqueiros".
Ele chamou para a ação direta coletiva, dizendo: "Quando os trabalhadores do metro de Londres entram em greve não é apenas em benefício dos funcionários do metrô, mas em benefício dos cerca de três milhões de pessoas que o utilizam.
"Quando os bombeiros entram em greve, não é apenas em benefício dos bombeiros, mas em benefício das pessoas que confiam em seus serviços.
"E quando os trabalhadores do setor público e trabalhadores do setor privado entrarem nesa luta ao longo dos próximos 12 meses é para defender seus empregos e suas comunidades, nós temos que construir a maior resistência possível."
Ele previu que os comícios do Reino Unido como um todo seriam "o pontapé inicial de uma onda de protestos".
Os manifestantes se reuniram em uma série de protestos em todo o Reino Unido.
Em Edimburgo, 20 mil pessoas de toda a Escócia, marcharam através Princes Street, antes de um comício no Ross Bandstand in Princes Street Gardens.
À frente da marcha, líder do Partido Trabalhista escocês Iain Gray disse: "A taxa de participação nesta marcha mostra que o povo da Escócia, acredita que há uma maneira melhor de fazer as coisas. Os cortes governamentais são tão profundos que provocarão imediatamente 100 mil demissões".
Outros políticos de destaque na manifestação - organizada pelo grupo de união Stuc - incluído o secretário de Justiça Kenny MacAskill.
Antes da marcha, Grahame Smith, secretário-geral do grupo sindical STUC, disse que queria acabar com o mito de que não há nenhuma alternativa econômica para esses cortes. "Há uma alternativa. Revertam as demissões", disse.
George Sansão, do Dundee Pensioners Forum, disse que ele tinha viajado para o evento para defender os serviços públicos. "Os pensionistas dependem desses serviços e esses cortes vão nos afetar duramente".
Sindicalistas também protestaram em Cardiff e Wrexham.
Enquanto isso, o Ministro do Desenvolvimento Social, Alex Attwood, e o ministro da Educação, Catriona Ruane, estavam entre as milhares de pessoas que compareceram a um comício em Belfast.
Trabalhadores, estudantes e sindicalistas também se reuniram em Norwich para um evento organizado pela Coalizão Norfolk contra os cortes, enquanto o TUC de Yorkshire e de Humber realizaram um comício em Sheffield.
Em Cambridge, os manifestantes marcharam pela cidade antes de participar de um comício na Guildhall.
A decisão de realizar uma manifestação nacional em março de 2011 veio depois de dirigentes sindicais cooptados pelo governo e pelo patronato, se posicionarem contra um grande protesto antes do final do ano..
Manifestantes da região de Yorkshire |
No início desta semana os trabalhadores da saúde, funcionários do Conselho, bombeiros, professores e outros funcionários públicos realizaram protestos por causa do anúncio de cortes.
Milhares em Westminster aplaudiram os discursos dos líderes sindicais unidos para pressionar os deputados contra os cortes.
Hoje, 23 de outubro de 2010, cerca de mil manifestantes de Yorkshire se reuniram debaixo de chuva em Sheffield Town Hall para ouvir instruções dos líderes sindicais da região para responder às ações do governo.
PARIS - O governo francês vem usando das armas mais eficazes do Estado: a violência, a coerção com uso de armas letais, a cooptação de lideranças sindicais e políticas, o tráfico de influência, para conter a greve geral apoiada por 2/3 da população e para desobstruir o bloqueio às refinarias no país, mas os sindicatos mantiveram suas posições quanto às refinarias de petróleo atingidas pelas greves depois de o Senado ter sinalizado apoio a reforma previdenciária que subtrai conquistas históricas dos trabalhadores.
Apesar de semanas de protestos e greves, que prejudicaram principalmente o sistema ferroviário e as refinarias, a reforma mais importante do mandato do presidente Nicolas Sarkozy deve finalmente ser adotada na quarta-feira.
No primeiro dia de um recesso escolar que terá duração de 12 dias, o ministro dos Transportes, Dominique Bussereau, minimizando o desabastecimento, assegurou aos motoristas que os postos de combustível nas rodovias tinham bons estoques, mas reconheceu problemas em outros locais e pediu aos donos de veículos que não exagerem no reabastecimento. Mas, como ocorre nestas ocasiões, a ameaça de falta de combustível acaba incentivando pessoas a estocá-lo, contribuindo para o rápido esvaziamento dos postos.
A companhia estatal de ferrovias SNCF, seriamente afetada pela paralisação nas operações, anunciou melhora na frequência nas linhas de alta velocidade para o feriado, mas reconheceu que muitos outros serviços estão apenas a 50 ou 60 por cento dos níveis normais.
Sarkozy e seu governo de centro-direita se recusaram a voltar atrás em um projeto que busca aumentar a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos e elevar a idade no qual os trabalhadores podem receber a aposentadoria integral de 65 para 67 anos.
O projeto passou pela aprovação da Assembleia Nacional no mês passado e venceu também a segunda barreira na sexta-feira, quando o governo usou um procedimento especial para votar no Senado.
A adoção final da lei ocorreria na próxima semana, quando o projeto passaria para um painel que representa ambas as casas do Parlamento, antes de uma votação final, que o governo espera para quarta-feira.
A lei é uma das mais polêmicas reformas de delapidação de conquistas históricas dos trabalhadores europeus, enquanto corporações e ricos empresários do continente tentam restabelecer seus lucros após a pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial.
As greves continuaram nas 12 refinarias de petróleo da França, disse um porta-voz do sindicato CGT, e também no terminal petrolífero Fos-Lavera, no porto de Marselha, deixando cerca de 50 navios petroleiros sem condição de aportar.
Nas refinarias, os sindicatos obtiveram uma vitória na noite de sexta-feira, quando um tribunal derrubou uma ordem emitida pelo prefeito, de retorno ao trabalho na unidade Grandpuits, ao leste de Paris. Segundo a corte, a decisão não respeitava o direito de greve.
Até partidas de futebol de uma liga local em Picardie foram canceladas devido à falta de combustível.
Sindicatos dizem que os protestos nas ruas nesta semana atraíram cerca de 3,5 milhões de pessoas. Já o governo enxergou “apenas” 1 milhão.
O governo espera que o feriado escolar reduza a participação estudantil nas próximas manifestações e, com isso, haja uma redução na participação dos jovens nas ruas nas cidades de Lyon e Nanterre. Mas analistas afirmam que se Sarkozi não ceder haverá um novo 68 na França, com a diferença de que ele pode se alastrar por toda a Europa, e talvez pelo mundo.
BUENOS AIRES - As estradas foram bloqueadas e o transporte público interrompido na quinta-feira em meio a uma greve geral convocada por uma das duas principais centrais sindicais da Argentina, para protestar contra o assassinato de um lider sindical.
Milhares de motoristas cruzaram os braços, enquanto os membros da CTA bloquearam a principal estrada ao norte de Buenos Aires.
Pouco depois da polícia desmantelar violentamente o bloqueio, outros foram iniciados em outros locais por toda a cidade. Os sindicalistas e manifestantes se reuniram para marchar até a Praça de Maio para uma manifestação em frente ao Congresso e ao Palácio Presidencial.
O metro da cidade e linhas de trens urbanos sofreram paralisações em protesto contra morte a tiro quarta-feira de um membro do Partido Trabalhista durante um confronto com militantes de um sindicato cooptado por patrões e pelo governo.
Dois outros membros do Partido Trabalhista ficaram feridos no incidente, incluindo uma mulher de 57 anos, que está em condição crítica em um hospital de Buenos Aires.
Os partidos da oposição e grupos formados por estudantes e desempregados acusam o governo da presidente Cristina Fernandez de jogar sujeira para debaixo do tapete, encobrindo a culpa da "burocracia sindical" pela violência da quarta-feira.
Os sindicalistas que na quarta-feira atacaram os manifestantes do Partido Trabalhista e outros trabalhadores eram filiados à CGT, organização sindical cooptada por patrões e liderada por Hugo Moyamo, aliado do governo.
Os bate-páus da CGT railworkers atacaram a tiros aos membros do Partido Trabalhista que apoiavam uma manifestação de trabalhadores da rede de trens urbanos.
"O assassinato não pode ser resposta a uma demanda de trabalhadores", disse Hugo Yasky, líder do CTA, na quinta-feira, denunciando o assassinato de Mariano Ferreira, de 23 anos.
PORTUGAL - O Conselho Nacional da CGTP vai propor, nesta sexta feira num plenário de sindicatos e activistas sindicais, a realização de uma greve geral contra os sucessivos pacotes de austeridade.
Segundo o site do jornal "Público", a data foi consensualizada no conselho nacional da CGTP, de forma a não coincidir com a realização da cimeira da NATO em Lisboa (19 e 20 de Novembro) e ser realizada ainda antes da aprovação do Orçamento de Estado para 2011 na Assembleia da República.
Carvalho da Silva, após o anúncio pelo governo do pacote de medidas brutais de austeridade, na noite de quarta feira, tinha denunciado em declarações à TSF que "tudo o que é sobre o sector financeiro são intenções não descritas que podem ser tudo e não ser nada. A tendência que vem aí, desde há muito tempo, é não ser nada". O secretário geral da CGTP propôs também um "combate à economia paralela onde circulam 30 a 35 mil milhões de euros".
Já nesta quinta feira, o secretário geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, tinha declarado que se vai "intensificar a luta" contra "a chantagem dos agiotas internacionais" e que "vamos para patamares mais elevados" de luta.
Também os sindicalistas da função pública tinham criticado que "uma vez mais são os trabalhadores a pagar a crise, em particular os da função pública, mas a crise não se resolve" (Bettencourt Picanço - presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado - STE) e que "o descontentamento dos trabalhadores vai decerto culminar numa greve" (Ana Avoila - coordenadora da Frente Comum da Administração Pública da CGTP.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
DISCURSO PARA TODOS OS TRABALHADORES
Escrito por um simpatizante do CCI francês.
Por iniciativa dos trabalhadores da estação ferroviária leste e professores -- uma centena de empregados (ferrovia, educação, correios, agro-alimento, computador ...), pensionistas, desempregados, estudantes, trabalhadores em situação irregular, sindicalizados, não sindicalizados -- nos reunimos em 28 de setembro e em 5 de outubro para discutir as pensões e, mais amplamente os ataques de que temos experimentado e as perspectivas para reverter as decisões do governo.
Milhões entraram em greve e saíram às ruas em protesto, mas o governo ainda não cedeu. Só um movimento de massas será capaz de fazê-lo. Esta ideia abre caminho através de discussões sobre a greve por tempo indeterminado, geral, irrestrita …
Os desdobramentos do movimento depende de nós. Cabe a todos nós construí-lo em nossos locais de trabalho com os comitês de greve, em nossos bairros através de assembléias gerais soberanas. Quanto mais amplas elas forem melhor, reunindo trabalhadores, e sendo coordenadas a nível nacional com delegados eleitos e revogáveis. Cabe somente a nós decidir quais ações implementar, quais reivindicações fazer ... E a mais ninguém.
Deixar Chérèque (CFDT), Thibault (CGT) e Companhia Ltda. decidir por nós, é se preparar para perdas futuras. Chérèque defende aposentadoria com 42 anos de tempo de serviço. Não podemos confiar que Thibault reivindique a retirada da lei, pois em 2009 enquanto ele bebia champanhe com Sarkozy, milhares de nós fomos demitidos. Não confiamos em pretensos "radicais". A radicalidade de Mailly (FO) reduziu-se a juntar-se à manifestação enquanto apoiava o voto do PS pelos 42 anos. Enquanto isso, a Sud-Solidaires, a CNT e a extrema esquerda (LO NPA), não nos oferecem outras perspectiva senão a unidade sindical. Ou seja, uma unidade para secretamente negociar recuos.
Os que hoje defendem a greve por tempo determinado o fazem para evitar o seu alastramento e descontrole. O controle das nossas lutas é uma moeda de troca para ser admitido na mesa de negociações ... Por quê? Pois, como está escrito na carta assinada por sete sindicatos da CFTC à Solidaire, "para ouvir a opinião dos sindicatos no contexto de um conjunto de medidas justas e eficazes para assegurar a sustentabilidade do sistema de pensões". Pode-se por algum momento acreditar poder haver um possível acordo com bandidos que vem delapidando nossas pensões desde 1993? , com quem começou a demolição metódica de nossas condições de vida e de trabalho?
A única coisa capaz de fazer o governo e as classes dominantes recuar é unir funcionários públicos, privados, desempregados, aposentados, jovens trabalhadores, imigrantes em situação regular ou irregular, sindicalizados ou não, e nós mesmos controlarmos nossas lutas.
Acreditamos que a retirada da lei de pensões é o requisito mínimo. E que não é suficiente. Centenas de milhares de trabalhadores mais velhos já sobrevivem com menos de 700 € por mês, enquanto centenas de milhares de jovens lutam junto à RSA, por uma vaga de emprego. Para milhões de nós, o problema já é crítico para obter alimento, moradia e remédios.
Sim, os ataques de Sarkozi contra as pensões são a árvore que esconde a floresta. Desde o início da crise, as classes dominantes com a ajuda do estado joga na rua centenas de milhares de trabalhadores, e elimina milhares de empregos nos serviços públicos. E nós estamos apenas começando. A crise continua e os ataques contra nós serão cada vez mais violentos.
Para lidar com isso, certamente não devemos confiar nos partidos de esquerda (PS, PCF, PG ...). Eles têm sempre sido leais aos negócios da burguesia e nunca põe em cheque a indústria financeira, a propriedade privada e as grandes propriedades. Além disso, na Espanha, no Brasil e na Grécia, os governos de esquerda organizam a ofensiva do capital contra os trabalhadores. Para manter as nossas pensões, saúde, educação, transportes, e não morrer de fome, os trabalhadores vão captar a riqueza produzida para satisfazer as suas necessidades.
Esta luta, não deve ser encarada como de defesa de interesses pessoais, mas como defesa de toda a população ativa, incluindo os pequenos agricultores, pescadores, artesãos, pequenos comerciantes, que estão sendo lançados na pobreza pela crise do capitalismo. Temos de treiná-los e nos colocar à frente de todas as lutas para nos libertarmos do Capital.
Não importa se estamos na condição de empregados, inseguros, desempregados, trabalhadores informais, independente de nacionalidade, toda a população ativa está no mesmo barco.
domingo, 17 de outubro de 2010
Coco do Trocadilho
Coco Do TrocadilhoZé Ramalho
Pra cantar comigo tens que traçar bem o baralhoQue é pra não se atrapalhar viu Zé e não cair do galhoPra cantar comigo tens que traçar bem o baralhoQue é pra não se atrapalhar,muito cuidado seu Jose pranão cair do galho
É papa, papa-capin,papa-capo,papagaio,papelão,papelaria,plataforma, planta e paioPadaria, pão, padeiro, pastoriu,pato,pastel,paraguaio,padroeiro,papa-angu,vai papa-mel
diga você
papa-angu,vaipapa-mel,paraguiao,padroeiro,pastoril, pato, pastel ePadaria, pão, padeiroplataforma, planta e paio,papelão, papelaria e papa,papa-capin,papa-capo,papagaio
Pra cantar comigo tens que traçar bem o baralhoQue é pra não se atrapalhar viu Zé e não cair do galhoPra cantar comigo tens que traçar bem o baralhoQue é pra não se atrapalhar,muito cuidado seu Jose pranão cair do galho
Eu fiz esse trocadilho somente pra derrubar a sua fama
Lá em casa é rede,é cama,lá,no caminho e toco élama,na lagoa é junco é água
vamo voltar
lagoa é junco é água,no caminho é toco é lama,nocaminho é toco é lama,lá em casa é rede é camaPra cantar comigo tens que traçar bem o baralhoQue é pra não se atrapalhar,muito cuidado seu Jose pranão cair do galho
sábado, 16 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
O que faz um deputado?
Para que serve, ou a quem serve um deputado?
Há os de situação e os de oposição, os primeiros jogam expontâneamente (às vezes também cobram) o lixo para debaixo do tapete e os da oposição cobram por fora para fazer este trabalho. Se estivéssemos numa democracia, e não estamos, deveria haver oposição. Ninguém exerce esse papel, mas se alguém ousa exercê-lo, há cassetetes, bombas de gás lacrimogêneo e balas de todos os calibres nas mãos de bandidos e mocinhos armados, que vão desde seguranças particulares a policiais municipais, estaduais, federais, civis, militares. Como estamos numa plutocracia ou canalhocracia, os partidos ditos oposicionistas não fazem oposição efetiva ao governo.
E quanto à mídia? A mídia tem cabrestos e rabo preso pois toda sua programação e matérias é patrocinada diretamente pelo governo e pelas classes dominantes. A grande imprensa está na mão das classes ricas, ou seja, o jornalista tem patrão que, por sua vez, também tem patrão, os ricos empresários – jornalistas sempre sabem mais do que podem publicar, mas são impedidos de dizer a verdade pelos seus chefes e patrocinadores.
E quanto à mídia? A mídia tem cabrestos e rabo preso pois toda sua programação e matérias é patrocinada diretamente pelo governo e pelas classes dominantes. A grande imprensa está na mão das classes ricas, ou seja, o jornalista tem patrão que, por sua vez, também tem patrão, os ricos empresários – jornalistas sempre sabem mais do que podem publicar, mas são impedidos de dizer a verdade pelos seus chefes e patrocinadores.
Mas afinal, o que faz um deputado? Estipula seu próprio salário. O deputado é o único empregado que determina ele mesmo o valor de seu próprio provento.
Além de fixar seu próprio salário, também recebe uma grana “por fora”, tanto do governo, para que não denuncie fraudes e roubos do executivo, como de banqueiros e grandes empresários, para que atenda os interesses deles. Em toda a história da República foi assim, passando recentemente por Fernando Collor, Itamar Franco, FHC e Lula, e continuará assim com Serra ou Dilma e seus futuros sucessores. Os deputados de situação e da suposta oposição sempre tem conhecimento das maracutaias, desde esquemas de pagamento mensal para garantir apoio ao governo, até defesa dos interesses de grandes empreiteiras. Raramente alguém sobe à tribuna para condenar tais práticas.
Como para toda regra há uma exceção, uma vez o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) encaminhou ao Ministério Público Federal denúncia relativa ao pagamento de propina a colegas seus. O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), prometeu mandar investigar a denúncia, mas depois que a poeira abaixou jogou a sujeira para debaixo do tapete.
Em maio de 2005 veio à tona a corrupção nos Correios, empresa da "área de influência" do PTB. Um vídeo – disponível na internet e reproduzido pelos telejornais – mostrava um funcionário dos Correios embolsando R$ 3 mil, que seria parte de uma propina mais polpuda.
Nas acusações contra o presidente do partido, deputado Roberto Jefferson, diante da possibilidade de uma CPI, o governo tentou evitá-la. Em junho, a operação para abafar a CPI chegou a envolver a liberação de R$ 400 milhões destinados a emendas de parlamentares. Por pressão popular, parte da base governista passou a apoiar a instauração da CPI. Roberto Jefferson se viu acuado e falou do mensalão, termo alusivo ao valor da propina, R$ 30 mil.
Instaurou-se a CPI e subiram à ribalta personagens como o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o empresário Marcos Valério de Souza, acusado de ser o responsável por abastecer de dinheiro o esquema do mensalão. O PSDB, principal partido dito oposicionista, que tinha utilizado os serviços de Marcos Valério na eleição de 1998 para governador de Minas Gerais, pôs o pé no freio.
Repetidos escândalos ficaram sem contrapartida de ação política, no Congresso Nacional ou fora dele. Mas a indignação popular e os fatos eram tão graves que motivaram um inquérito ainda em curso no Supremo Tribunal Federal.
Caíram Roberto Jefferson e José Dirceu. Para o lugar de Dirceu na chefia da Casa Civil foi Dilma Rousseff, para o lugar de Dilma veio Erenice, que agora se tornou pivô de mais um escândalo pelo tráfico de influência para favorecer parentes e determinados empresários.
As falcatruas no Senado quase provocaram, em 2009, a queda de seu presidente, José Sarney.
A delação do mensalão do DEM de Brasília foi gravada em vídeo pelo ex-integrante do governo do Distrito Federal Durval Barbosa. Esse escândalo atingiu e enfraqueceu um setor da dita oposição.
Além do escândalo citado surgido na atual campanha eleitoral, envolvendo Erenice Guerra, sucessora de Dima na Casa Civil, e há também a violação do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato José Serra ou ao PSDB.
Tudo isso reforça o fato de que a real função tanto do deputado da situação como da suposta oposição é jogar sujeira para debaixo do tapete, com a diferença de que enquanto o deputado da situação já está vendido desde sua diplomação o da dita oposição se vende no exercício de seu mandato mediante pagamento extra.
O xis da questão é nossa sociedade dividida em classes. Onde houver classes, haverá desigualdades, onde houver desigualdades haverá injustiça, onde houver injustiça, haverá miséria, fome, violência, falcatrua, corrupção.
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