sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Luta de Classes no Século XXI: Bifurcação à Vista (Introdução)

O hoje desacreditado Socialismo Real, mais propriamente Capitalismo de Estado, não passa de um monte de cinzas. O que restou dele na Cuba castrista ou na Venezuela bolivariana, não passa de uma caricatura de seu inglório passado. Já o Sistema Capitalista, ou Capitalismo de Monopólios, continua a expor crescentes fissuras estruturais, podendo desabar a qualquer momento. Sustenta-se precariamente à força de armamentos eficazes na extinção da vida, mas inócuos na matança de idéias.

A luta de classes sempre estabeleceu os caminhos da humanidade e apresenta hoje, no curto prazo, uma nova bifurcação sinalizada primeiramente na noite de 9 de novembro de 1989 na queda do muro de Berlim; e dez anos depois em 30 de novembro de 1999 na luta contra o encontro da OMC em Seattle. 

Eleitos ou não eleitos, liberais ou não liberais, à esquerda, ao centro, ou à direita, governantes são naturalmente conservadores. Aquilo que eles chamam de mudanças não passa de ajustes na tentativa de podar cada broto do novo que surge nas fissuras do asfalto e do concreto do velho. Não é preciso uma lupa para ver que desde a criação da Companhia das Índias Ocidentais os governos vem reduzindo a escombros o Planeta Terra, sob todos os aspectos.

No Oriente Médio a promissora Primavera Árabe sedenta por Democracia Direta esvai-se em sangue na carnificina promovida pelos senhores da guerra em suas ditaduras, em suas falsas democracias comandadas pela CIA, e na barbárie do Estado Islâmico, que tem pouco de Islâmico e muito de Estado.

Na busca por sobrevida o cambaleante Capitalismo de Monopólios ou Neoliberalismo atua em frentes distintas: uma de distensão em temáticas sociais como casamentos complexos e uso recreacional da maconha; outra de tensão na crescente perseguição a ecologistas, anarquistas, autonomistas, trabalhadores informais e povos originários.

Diante do exposto o que temos à frente? A bifurcação. À direita vemos a continuidade que leva ao escancarado abismo. À esquerda vemos alguma possibilidade de saída.




2 comentários:

Anônimo disse...


Ou mesmo passear com Borges, não no bosque, mas no Jardim dos Caminhos que se Bifurcam...

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.