O Tribunal Administrativo de Hamburgo julgou aquela ação ilegal considerando o direito constitucionalmente garantido. Ao fim do processo, os policiais responsáveis pela operação tiveram que cumprir uma pena imposta pelos juízes. O Tribunal Distrital, anos mais tarde, obrigou o Estado a pagar uma compensação a cada um dos manifestantes vítimas do abuso policial.
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(Fotos: a primeira é em Hamburgo 1986 e, a segunda, em São Paulo 2014)
Além de brutal, a cúpula da PM de São Paulo tornou-se também estúpida. Ao divulgar vídeos onde policiais aparecem replicando essa técnica de repressão ditatorial na Segunda Manifestação Contra a Copa, ocorrida no Município de São Paulo em 22 de fevereiro de 2014, o Estado cria provas contra si mesmo. Ações policiais como essa, ilegais, amorais, ditatoriais, importadas de Hamburgo ou seja lá de onde for, são condenáveis e inadmissíveis em regimes democráticos, dado que a Constituição Federal Brasileira garante o direito à reunião e livre manifestação. A PM de São Paulo adotou um procedimento fascista e repugnante.
Mesmo com todas as indenizações que o Estado foi obrigado a pagar aos manifestantes na Alemanha, nova tentativa de uso do kettling ocorreu na Baixa Saxônia (em Hitzacker, 2002), ação igualmente considerada ilegal pelo Judiciário.
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