Material extraído de http://telmadmonteiro.blogspot.com.br/2012/12/belo-monte-e-de-todo-inaceitavel-e.html
''Belo Monte é de todo inaceitável e ilegal e nunca deixa de ser''. Entrevista especial com Dom Erwin Kräutler
Evangelizar implica primeiro no testemunho de uma fé arraigada na Palavra de Deus e na convicção de que esse mesmo Deus é um Deus que anda conosco pelas estradas e rios de nossa vida”, diz bispo do Xingu.
“A alegria de ser chamado a servir a Deus, levando o seu amor às pessoas e a todos os povos (cf. AG 10), ninguém pode arrancar do coração de quem exerce uma missão que tem sua base e motivação no Evangelho”. É com esta declaração que Dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu, resume sua atuação no Brasil há mais de 40 anos, evangelizando sua comunidade. Nesta caminhada, ele esteve engajado em diversas causas, entre elas, a mais recente, em oposição à construção da hidrelétrica de Belo Monte. “Como bispo tenho que conviver com diversos pontos de vista e tolerar, às vezes mesmo a contragosto, posições opostas à minha. Em momento algum isso significa abrir mão do credo que professo e da posição contra Belo Monte que sempre assumi e continuo sustentando, considerando-o uma insanidade. Infelizmente não existe meio termo. Belo Monte é de todo inaceitável e ilegal e nunca deixa de ser”, disse o bispo à IHU On-Line.
Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, Dom Erwin comenta a atual situação de Altamira desde a construção da hidrelétrica de Belo Monte e acentua o comportamento dos povos indígenas que vivem próximos ao canteiro de obras. “Aí se percebe nitidamente que a Norte Energia usa de todos os meios para calar os indígenas e impedir que se manifestem. Recebem cestas básicas, voadeiras, combustível, benefícios que nunca imaginaram. Como explicar-lhes que esses presentes são um cavalo de Troia e aceitá-los significa dar um tiro no próprio pé?”, questiona.
Ele conta que após a eleição de Dilma tentou agendar uma reunião com a presidente, mas ao ouvir o discurso de Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, a favor de Belo Monte, desmarcou o encontro. “O que ainda iria fazer no gabinete do ministro? Trocar amenidades e posar para fotos? Já que a declaração do ministro revelou toda a intransigência do governo, eu mesmo cancelei a audiência”, lamenta.
Há dois anos de tornar-se bispo emérito, Dom Erwin diz que isso “não significa ‘entregar os pontos’. Meu empenho em favor da dignidade e dos direitos dos povos indígenas, dos ribeirinhos, das mulheres, das crianças, dos jovens, dos expulsos de casa e terra, dos agredidos e machucados, enfim, de todos os ‘excluídos do banquete da vida’ e minha defesa do meio ambiente, o ‘lar’ que Deus criou para todos nós, vão continuar enquanto Deus me der o fôlego”. Dom Erwin Kräutler (foto abaixo) é bispo de Altamira, no Pará, e presidente do Conselho Indigenista Missioneiro – CIMI.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Que avaliação faz da caminhada de luta em oposição a Belo Monte e aos projetos de infraestrutura na Amazônia durante os últimos anos?
Dom Erwin Kräutler – Por ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,Rio+20, o movimento Xingu Vivo para Sempre convocou indígenas, pescadores, ribeirinhos, movimentos sociais, estudantes e acadêmicos, ativistas e defensores do Xingu para comemorar os 23 anos que se passaram desde o Primeiro Encontro dos Povos Indígenas do Xingu (20 a 25 de fevereiro de 1989) em Altamira. O evento foi chamado de “Xingu+23“ em analogia ao “Rio+20“ e quis lembrar a primeira grande vitória contra o projeto de barramento do rio Xingu que naquele tempo levou o nome de Kararaô, um grito de guerra do povo Kayapó, o povo indígena mais numeroso do Xingu. Na realidade, a luta contra o projeto é bem mais antiga e começou já nos anos 1970 quando os militares cogitaram a construção de seis grandes usinas ao longo do rio Xingu: Jarina, Kokraimoro, Ipixuna, Babaquara, Kararaô e Iriri. O Encontro dos Povos Indígenas em 1989 tornou a rejeição do projeto da parte dos indígenas apenas mais visível e chamou a atenção do Brasil e da comunidade internacional para o planejado golpe no coração da Amazônia.
Ironia da história
Ironia da história: Lula, que elegemos porque acreditávamos que outro Brasil fosse possível, pouco depois de tomar posse tirou o projeto das gavetas, desconsiderando o que durante a campanha eleitoral havia falado nos palanques sobre a Amazônia. Passou a defender o que antes severamente criticou e a considerar o projeto hidrelétrico no Xingu essencial para o progresso, vaticinando o colapso total da economia do país caso não seja concretizado. Substituiu-se apenas o nome de Kararaô por Belo Monte para ninguém mais lembrar o facão da Tuíra e os índios de 1989 pintados de urucum e jenipapo.
Não acredito que haja no Brasil outro movimento de luta em defesa do meio ambiente contra um megaprojeto governamental com uma história tão longa. Alguém talvez venha retrucar: “Mas, infelizmente, lutaram em vão, já que o projeto está sendo executado a pleno vapor e, depois de já ter gasto bilhões de reais, dificilmente o governo vai recuar!“ De fato, a cada dia que passa mais explosões ensurdecedoras atormentam a população no entorno do canteiro de obras. A cada dia que passa mais destruição se alastra pela região. A ensecadeira se estende rio adentro e o desmatamento avança nas ilhas e na terra firme da Volta Grande do Xingu. Mas, mesmo assim, nada de enrolar a bandeira! Sabemos que Belo Monte não é a única barragem planejada no Xingu. Nossa luta tem também por objetivo evitar que o antigo projeto dos militares seja desenterrado na sua totalidade.
Quantos cientistas e especialistas não alertaram o governo que o Xingu durante três ou quatro meses no ano não terá o volume d’água suficiente para rodar uma única turbina sequer? Muitos! E todo mundo sabe que é economicamente absurdo deixar sem funcionar as turbinas que são a parte mais cara de todo o empreendimento. A solução reside em mais barramentos rio acima como já foi previsto no projeto dos militares, com impactos mais desastrosos ainda que a própria Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Esse projeto de mais barragens é tratado como segredo de estado. Habilmente se evita toda a discussão em torno deste espectro que então sacrificará todo o rio Xingu com consequências não só para Altamira mas também para todas as vilas ribeirinhas e áreas indígenas nas margens do rio, chegando a atingir até a cidade de São Félix do Xingu.
Cruzar os braços
Outro motivo de não cruzarmos os braços são os mais de cinquenta (50!) processos que correm na Justiça brasileira e internacional denunciando violações da Constituição Federal e de tratados internacionais de que o Brasil é signatário. São ações movidas pelo Ministério Público Federal, pela Defensoria Pública Estadual do Pará como por entidades da sociedade civil, entre estas o Conselho Indigenista Missionário – CIMI, organismo vinculado à CNBB. Estes processos estão, em parte há anos, sem a Justiça tomar nenhuma providência. Quais são os reais motivos desta morosidade? Omissão ou negligência são inaceitáveis num Estado que se diz democrático e de Direito.
Finalmente, enquanto não forem cumpridas todas – todas mesmo! – condicionantes exigidas pelo Ibama e pela Funai como requisitos para dar início à construção de Belo Monte, não deixaremos de denunciar a ilegalidade da obra.
IHU On-Line – Quais as principais alegrias e desafios de ser um líder religioso em uma região como a do Xingu, onde a comunidade e a Igreja estão divididas por causa de Belo Monte?
Dom Erwin Kräutler – A alegria de ser chamado a servir a Deus, levando o seu amor às pessoas e a todos os povos (cf. Ad Gentes 10), ninguém pode arrancar do coração de quem exerce uma missão que tem sua base e motivação no Evangelho. Esta missão não se restringe a um mero anúncio de verdades. Evangelizar implica primeiramente no testemunho de uma fé arraigada na Palavra de Deus e na convicção de que esse mesmo Deus é um Deus que anda conosco pelas estradas e rios de nossa vida. Evangelizar é estar continuamente a serviço deste Deus, consagrando a vida a Ele e a seu Povo, e isso sem medir esforços e alegar cansaço. “Amou-os até o fim” lemos no Evangelho de São João para introduzir o episódio do lava-pés (Jo 13,1). Evangelizar não exclui o diálogo aberto, franco, respeitoso. Um monólogo autoritário é antievangélico quando tenta arrasar com quem tem outra visão do mundo e condenar ao inferno a quem não reza pela nossa cartilha. Como bispo tenho que conviver com diversos pontos de vista e tolerar, às vezes mesmo a contragosto, posições opostas à minha. Em momento algum isso significa abrir mão do credo que professo e da posição contra Belo Monte que sempre assumi e continuo sustentando, considerando-o uma insanidade. Infelizmente não existe meio termo. Belo Monte é de todo inaceitável e ilegal e nunca deixa de ser. A decisão tomada pelos governos Lula e Dilma de construir Belo Monte é imperdoável porque nunca haverá uma chance mínima de reparar os erros monstruosos cometidos. Ao inaugurar Belo Monte teremos alcançado um ponto sem retorno. Em outras palavras: não adiantará mais chorar o leite derramado.
O cenário mudou
A Igreja, como o povo do Xingu em geral, está dividida na avaliação de Belo Monte. No entanto, os que defendem o projeto já não estão mais tão eufóricos como anos atrás quando colaram adesivos “Queremos Belo Monte” em seus carros. Os adesivos desapareceram. Os que aprovam o projeto, o fazem hoje com reservas e muitas exigências. Os políticos há tempo desceram de seus palanques porque esgotaram os argumentos bombásticos em favor do “progresso” que só Belo Monte seria capaz de trazer para a região. Ensacaram a viola. Aliás Belo Monte nem sequer foi tema nos comícios da última campanha eleitoral. Os candidatos bem sabiam por que evitaram falar em Belo Monte. Iriam levar estrondosas vaias. Incrível com que rapidez o cenário mudou. A tendência é que, na medida em que a obra avança, o povo está se dando conta de que, até agora, nada ou muito pouco do que foi prometido está sendo cumprido. Altamira, uma cidade de mais de 120 mil habitantes, está mergulhado num tremendo caos. Os operários contratados pela empresa CCBM logicamente apreciam ter encontrado emprego, se bem que seja temporário. Mesmo assim há frequentes manifestações de insatisfação. Há até operário preso. Com toda razão exigem melhores condições de trabalho e salários que permitam enfrentar a inadmissível carestia que impera em Altamira.
As feições do povo que frequenta as Igrejas em Altamira mudaram. Entre as (os) fiéis tradicionais aparecem muitos rostos novos. São homens e mulheres, casais e famílias, que vieram de outros estados e trabalham nas empresas ligadas à construção de Belo Monte. Querem participar das celebrações e iniciativas de sua Igreja e tem todo o direito de fazê-lo, mas é óbvio que não se manifestam contra Belo Monte ou criticam o projeto, pois provavelmente correriam o risco de perder o emprego.
Inalterado, também dentro da Igreja, ficou o grupo que categoricamente rejeita Belo Monte. Embora sejam poucas pessoas em relação à grande massa que é indecisa e opta por uma posição de aguardar “para ver como é que fica“, essa parcela do Povo de Deus mais ativa e combatente não se deixa intimidar nem por ameaças, nem por calúnias, difamações e outros tipos de perseguição.
IHU On-Line – Irmã Ignez Wenzel comentou sobre a desarticulação entre as comunidades indígenas por conta das obras. Quais são as razões desse comportamento? Pesquisadores, antropólogos e religiosos estão mais preocupados com a questão indígena do que os próprios índios?
Dom Erwin Kräutler – A questão é complexa. É perigoso generalizar, afirmando que os indígenas estão menos preocupados. Do mesmo jeito como em toda a sociedade do Xingu (do Brasil e do mundo), há também entre os indígenas diferentes posições em relação a Belo Monte. Religiosos, antropólogos, professores e outros profissionais conhecem talvez melhor os meandros e as propostas insidiosas do sistema neoliberal que está na base do “desenvolvimentismo” que confunde desenvolvimento com crescimento meramente econômico, multiplicação de riqueza material, incremento do PIB, expansão do agronegócio, aumento de produção de biocombustíveis. Os indicadores sociais são colocados em um plano inferior. A defesa do meio ambiente não passa de recheio nos discursos da presidente em Brasília para impressionar quando fala na ONU e em outras oportunidades no exterior como há poucos dias em Paris.
Essa realidade os indígenas, pelo menos os velhos caciques, certamente nunca estudaram e por isso não se dão conta do perigo que correm. No sistema vigente, o que importa é produzir, lucrar, tirar vantagem, consumir. O “ter“ triunfa sobre o “ser“. Esse sistema é cruel e diametralmente oposto ao que os indígenas andinos chamam de Sumak Kawsay (ou “Bem Viver“). É um câncer que dissemina metástases em todo o tecido social. E é uma ilusão pensar que os povos indígenas sejam imunes contra este câncer. Todo o nosso empenho e acompanhamento visam ajudá-los a evitar a contaminação.
Posições
Os Kayapó do Alto Xingu, sob a liderança do cacique-patriarca Raoni Metuktire, rejeitam qualquer barragem do rio. É para eles uma questão fechada. Só que Belo Monte é geograficamente muito distante de suas aldeias e essas, na primeira fase da construção do complexo hidrelétrico do Xingu, não serão impactadas diretamente. Por isso osKayapó do Alto Xingu não mais se manifestaram de modo tão contundente como antes o fizeram quando Raonimesmo veio a Altamira para prestigiar eventos contra Belo Monte.
Outra é a situação dos povos que vivem mais próximos ao canteiro de obras. Aí se percebe nitidamente que a Norte Energia usa de todos os meios para calar os indígenas e impedir que se manifestem. Recebem cestas básicas, voadeiras, combustível, benefícios que nunca imaginaram. Como explicar-lhes que esses presentes são um cavalo de Troia e aceitá-los significa dar um um tiro no próprio pé? Quem antes foi tratado como pária e de repente avança para padrões de príncipe, dificilmente entende uma advertência de que essas regalias são prejudiciais a ele e a seu povo. Na realidade, o dinheiro fácil corrói a sociedade indígena, corrompe lideranças, destrói a organização interna de um povo, faz os índios perder a sua identidade. Tem sistema atrás disso.
Quando os indígenas “deixam de ser indígenas“ perdem também suas terras ancestrais, cobiçadas desde sempre pelas mineradoras, pelos madeireiros e latifundiários. Chamo essa investida contra os índios de “auricídio“ (do latim aurum: ouro). Matam-se os indígenas com dinheiro, entopem-se-lhes as gargantas com dinheiro a ponto de não mais poderem gritar, implanta-se um consumismo desenfreado no seio das comunidades e exterminam-se deliberadamente os valores e a sabedoria milenar de um povo. E o pior é que se afirma em alto e bom som que tudo é feito “em favor dos índios para tirá-los finalmente da era da pedra lascada“. Através do dinheiro se tenta ressuscitar os parâmetros das antigas constituições brasileiras que defendiam “a incorporação dos silvícolas à comunhão nacional“, programa etnocida que achávamos definitivamente superado com a Constituição de 1988.
IHU On-Line – O senhor voltou a dialogar com o governo na tentativa de paralisar Belo Monte? Como vê, nesse sentido, a atuação do Ministério Público Federal, que por vezes determina a paralisação da obra?
Dom Erwin Kräutler – Já em outubro 2009 percebi que o presidente Lula, embora tenha insistido em continuar o que chamou de diálogo, na realidade não estava nada interessado em discutir Belo Monte. Aliás o “diálogo“ de que ele falou não passou de encenação. Tentei ainda um encontro com a Dilma. Fui informado que Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, estaria disposto a receber-me em audiência. Mas poucos dias antes da data marcada para a audiência ele discursou num encontro das pastorais sociais da CNBB e declarou que Belo Monte era irreversível e irrevogável. O que ainda iria fazer no gabinete do ministro? Trocar amenidades e posar para fotos? Já que a declaração do ministro revelou toda a intransigência do governo, eu mesmo cancelei a audiência.
E o papel do Ministério Público Federal? Das 15 ações judiciais contra ilegalidades no licenciamento da construção de Belo Monte, encaminhadas pelo Ministério Público Federal, apenas uma transitou em julgado. Este balanço revela a “importância“ que é dada hoje a este órgão de defesa dos direitos constitucionais do cidadão. Às vezes me dá até dó ver o esforço de nossos Procuradores da República. Será que não se sentem supérfluos e inúteis dentro do poder Judiciário, que não aprecia o seu empenho, engavetando sistematicamente as ações elaboradas com esmero e competência?
IHU On-Line – Como o senhor vê a discussão acerca da mineração no Norte e Nordeste? É possível dizer que Belo Monte servirá para facilitar a mineração?
Dom Erwin Kräutler – Respondo com a pesquisadora Telma Monteiro, que colabora com o Xingu Vivo para Sempree quem estimo muito. Num artigo publicado no Correio da Cidadania (11-09-2012) ela adverte que “a implantação do projeto da hidrelétrica Belo Monte é a forma de viabilizar definitivamente a mineração em terras indígenas e em áreas que as circundam, em particular na Volta Grande, trecho de mais de 100 quilômetros que vai praticamente secar com o desvio das águas do Xingu. E é justamente nas proximidades do barramento principal, no sítio Pimental, que está sendo montado o maior projeto de exploração de ouro do Brasil, que vai aproveitar o fato de que a Volta Grande ficará seca por meses a fio com o desvio das águas do rio Xingu“. Critica ainda: “Incrível como, além das hidrelétricas, os projetos de mineração, na visão do governo federal e do governo do Pará, também se tornaram a panaceia para solucionar todos os problemas não resolvidos de desenvolvimento social. Papel que seria obrigação do Estado, com o dinheiro dos impostos pago pelos cidadãos de bem“. Sempre o mesmo lero-lero que já estamos cansados de ouvir: os problemas sociais da Amazônia só poderão ser solucionados se, de mão beijada, a lotearmos e entregarmos lote por lote a empresas estrangeiras. Desta vez a felizarda é a Belo Sun Mining Corporation com sede em Toronto, Canadá, que em breve auferirá lucros astronômicos rindo da cara dos brasileiros. E ainda há quem brada que a “Amazônia é nossa“ e repete o discurso de Lula em 2007: “Precisamos dizer que somos os donos da Amazônia e que sabemos cuidar das nossas florestas, da nossa água, não precisa ninguém dar palpite”. Quem são realmente os donos? Sabemos realmente cuidar das nossas florestas, da nossa água? Não seria mais correto chorar desde já a mãe Amazônia pois ela foi vendida ao grande capital para ser violentada sem escrúpulos até morrer de inanição!
IHU On-Line – Daqui dois anos o senhor enviará ao Papa o pedido de renúncia, conforme denomina o Direito Canônico. O senhor já faz planos para os próximos anos? Pretende continuar na região do Xingu?
Dom Erwin Kräutler – O Cânone 401 § 1 do Direito Canônico reza que o bispo “que tiver completado setenta e cinco anos de idade, é solicitado a apresentar a renúncia do ofício ao Sumo Pontífice, que, ponderando todas as circunstâncias, tomará providências“. Em outra palavras: é o Papa que decide se aceita logo a renúncia ou se pede ao bispo continuar por mais algum tempo. Não fiz nenhum plano para “o dia seguinte“, mas tornar-se bispo “emérito“, logicamente não significa “entregar os pontos“. Meu empenho em favor da dignidade e dos direitos dos povos indígenas, dos ribeirinhos, das mulheres, das crianças, dos jovens, dos expulsos de casa e terra, dos agredidos e machucados, enfim, de todos os “excluídos do banquete da vida“ e minha defesa do meio ambiente, o “lar“ que Deus criou para todos nós, vão continuar enquanto Deus me der o fôlego.
IHU On-Line – Como é para o senhor viver no Brasil, especialmente num estado em que há milhares de problemas sociais, ambientais, numa conjuntura completamente diferente da sua origem?
Dom Erwin Kräutler – Cheguei a Altamira em dezembro de 1965, ainda jovem. A decisão pelo Xingu foi uma decisão pessoal. Os superiores religiosos apenas concordaram e me deram luz verde. Jamais me arrependi de ter feito esta opção. O Xingu tornou-se minha terra, o chão em que vivo a minha vida. Não nego as minhas raízes e não deixei de amar o país da minha família e de meus antepassados, mas nunca cultivei saudosismos para com a terra onde nasci, avaliando o que na Áustria estaria melhor ou analisando a conjuntura de lá, comparando-a com os problemas que aqui enfrentamos.
Tempos atrás redigi uma mensagem que muitas vezes já foi usada em celebrações de envio de missionárias e missionários. Esse texto traduz o que ser missionário sempre significou para mim:
“Vai meu irmão, minha irmã! Lá, em tua nova missão, em tua nova terra, em tua nova pátria, anunciarás Jesus Cristo e o seu Evangelho. Servirás aos pobres, aos excluídos do banquete da vida, lavando-lhes os pés. Falarás com quem nunca andou ou não anda mais conosco.
Aproximar-te-ás com muito carinho a um povo com cultura e tradições diferentes. Chegando lá, estranharás, sem dúvida, os costumes e usos locais. Mas, não imporás as tuas ideias! Não apresentarás o país que te viu nascer como paraíso! Não dirás nunca que no lugar onde te criaste, as coisas estão bem melhores!
Não darás nunca a impressão de que vieste para ensinar, para civilizar, para instruir, para colonizar! Jamais violentarás a alma do povo que, doravante, será o teu povo!
Oferecerás simplesmente o testemunho de tua fé, de tua esperança e de teu amor, e darás a tua vida até o fim, até as últimas consequências! Assim, tu terás o privilégio e a felicidade de viver a graça de todas as graças: encontrarás o Senhor que disse: 'Depois que eu ressuscitar, irei à vossa frente para a Galileia' (Mc 14,28). Missão é sempre ir à Galileia, às Galileias de todos os continentes!“
IHU On-Line – Depois de todos esses anos na região, qual foi a luta mais difícil na sua trajetória?
Dom Erwin Kräutler – Sempre lembro com carinho nosso empenho em 1987-1988 durante a Assembleia Nacional Constituinte para que os direitos indígenas fossem inscritos na Constituição da República. Foi uma luta sem tréguas, mas os povos indígenas e nós, os seus aliados, saímos vitoriosos. Para quem quiser conferir, há um capítulo específico na Carta Magna do País que fala “Dos Índios“ (Art. 231 e 232). Essa luta, porém não terminou. Trata-se de concretizar o que está escrito aí.
A luta mais desgastante, no entanto, é sem dúvida a que travamos contra a hidrelétrica Belo Monte, que já dura tantos anos.
IHU On-Line – Estamos na época do Advento. O que esta época de natividade, como nascimento de Jesus, pode trazer de reflexão para os dias de hoje, para os governantes, especialmente em relação a Belo Monte?
Dom Erwin Kräutler – Eu não sei se o sentido profundo do Advento e Natal mexe com o coração de nossos governantes, ministros e outros membros do governo. Talvez nem falem mais em Natal. Preferem substituir a lembrança do Nascimento de Jesus com um termo mais secularizado: “Festas de Fim de Ano“. E muito menos sei se esta gente, ouvindo eventualmente o “Noite Feliz“, se lembra das famílias expulsas de suas terras por causa de Belo Monte. Essas famílias não experimentam nada de noite feliz, enquanto os responsáveis pela sua desgraça se banqueteiam em confraternizações com as mais finas iguarias, regadas a bebidas seletas.
IHU On-Line – O que a experiência de Jesus Libertador pode ensinar e inspirar a prática cristã de hoje?
Dom Erwin Kräutler – Responder a essa pergunta equivaleria a uma dissertação sobre os fundamentos e toda a história da Teologia da Libertação e sua contribuição valiosa para a Igreja na Amazônia, especialmente para as Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, que continuam sendo o chão concreto em que esta forma de reflexão teológica até hoje está dando seus frutos e que gerou seus mártires. Precisaria também desmontar todos os mal-entendidos a respeito desta teologia, disseminados pelo Brasil e mundo afora, especialmente em ambientes em que se fecham os olhos e se tapam os ouvidos diante das injustiças de um sistema desumano, excludente, opressor e de violências estruturais que causam a morte de tantos homens, mulheres e crianças e do meio ambiente em que vivem.
IHU On-Line – Deseja acrescentar algo?
Dom Erwin Kräutler – Sim, votos de um abençoado Advento e Santo Natal do Senhor. Que Deus nos conceda sua graça e paz, neste Natal, durante o Ano Novo e sempre.
Veja com atenção essas imagens, lembre-se bem delas sempre que for chamado para votar, para eleger um governante, para empossar um chefe. Você pode até colocá-los no poder, mas eles só se mantêm mediante a violência. Mas a violência deles não é como a de uma besta selvagem que persegue, fere e mata para saciar a fome. A violência deles tem um caráter diferente. É uma violência resultante da fome por glória, poder e fama. Uma violência resultante da subserviência e do prazer em perseguir, ferir e matar, que é encontrada apenas em algumas bestas nascidas de mulher, piores do que feras selvagens, tão piores que nem podem ser chamadas selvagens, muito menos humanas.
Segundo o documento abaixo, a Sabesp arbitrariamente remete seus clientes ao IPEM para solicitação de contraprova de aferição de hidrômetro e ainda determina prazo. "O cliente tem o prazo de 15 dias a partir da data da verificação do hidrômetro, para solicitar contraprova junto ao IPEM - telefone 0800130522". Isso contraria diametralmente a PORTARIA IPEM-SP Nº 112/2010, que estabelece que cabe à própria Sabesp a responsabilidade de requisitar ao IPEM eventuais aferições de seus hidrômetros.
Não há o que comentar sobre as "informações complementares" da Sabesp. Elas simplesmente passam por cima da norma legal. Quanto à Portaria Ipem 112/2010 em si segue aqui algumas considerações. Tal portaria equivale a atribuir a um vendedor de bananas na feira -- diante de alguma reclamação de algum cliente sobre a acuidade do peso -- o ônus de solicitar a presença de um técnico do IPEM para aferir sua balança. Ora, não estamos a falar aqui de feirante que possui uma grande concorrência, no caso dele, defeitos na sua balança equivaleria perder clientes e sujeitar-se a multas. Estamos nos referindo a um poderoso MONOPÓLIO chamado SABESP onde, pelo menos na cidade de São Paulo, não há sequer um concorrente. E por isso, a qualidade do serviço é tão ruim, e o atendimento aos clientes da pior qualidade. Não há outras empresas vendendo água encanada, os valores das contas são exorbitantes e o tratamento dispensado aos reclamantes é o pior possível. O problema da Portaria IPEM-SP 112/2010 é que ela não fornece à parte interessada (o cliente da Sabesp) um canal para que possa solicitar ao IPEM uma aferição INDEPENDENTE. A portaria abre ao vendedor de água, no caso a SABESP, um canal para que solicite (mediante pagamento) a aferição de algum eventual hidrômetro. Isso equivale a emitir uma norma obrigando todo vendedor de bananas na feira -- quando diante de um cliente que suspeita da acuidade da balança -- a requisitar e pagar pela presença de um técnico do IPEM para aferir sua própria balança. Isso é surreal e absolutamente grotesco. Se é obvio que feirante jamais buscaria o IPEM, muito menos o fará a SABESP. Diante disso, o prejudicado será sempre o cliente da SABESP, nem tanto o comprador de bananas na feira, que pode comprar bananas na banca ao lado e em inúmeros outros locais. O que não é o caso do cliente da Sabesp, que não tem outro local para comprar água encanada. No respeitado site "Reclame Aqui", a SABESP aparece como empresa de má reputação e não recomendada. De um total de 2476 reclamações contra a SABESP encaminhadas ao Reclame Aqui, NENHUMA FOI ATENDIDA nos últimos 12 meses. A SABESP simplesmente ignora as queixas de seus clientes. Qual a razão? MONOPÓLIO, desrespeito, desfaçatez. Diante disso, essa Portaria IPEM-SP 112/2010 deve ser imediatamente substituída por uma outra que dê poder e autonomia ao IPEM para -- quando solicitado pela parte interessada (o consumidor) -- aferir todo e qualquer hidrômetro da Sabesp. Sendo que os custos dessas aferições devem ser pagos pela Sabesp. Talvez assim essa empresa tão odiada pela população melhore um pouco seus serviços.
Odebrecht retirou vídeo de propaganda acima, que havia postado no Youtube.
Eu, como muitas pessoas que viram tal vídeo, fiquei horrorizado com a devastação da floresta, principalmente por saber que tudo vem sendo feito sob os auspícios do dinheiro público via BNDES, então, antes de deletarem, resolvi baixar e republicar o vídeo, sob um novo fundo musical e com uma legenda explicativa. A Odebrecht reagiu de forma arrogante, obstrutiva, autoritária, ditatorial, deselegante, agressiva, retirando o próprio vídeo e pedindo ao Youtube a deleção de minhas publicações desse material no Youtube e no Vimeo. (vide imagens acima). Ocorre que sabe-se hoje, mediante matérias recentemente divulgadas pela imprensa, que essa obra da Odebrecht no Rio Teles Pires viabilizou-se possivelmente mediante fraude, via pareceres técnicos falsos e autorizações ambientais manipuladas por Paulo Vieira, ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), indiciado pela Polícia Federal como chefe de quadrilha.
Clique no vídeo acima e veja como a Odebrecht destrói floresta sob os auspícios do dinheiro público via BNDES
O que vemos é um enorme ataque por parte de Israel contra Gaza, que lembra muito, em muitos aspectos, a Operação Chumbo Fundido de 2008, de 2009, também iniciada logo após a primeira eleição do presidente Obama. A agressão ocorreu antes da posse, em ambos os casos.
No presente caso vemos esta enorme escalada após um cessar-fogo de dois dias negociado pelo Egito, e em grande parte cumprido. Israel respondeu a esse cessar-fogo assassinando o líder de Gaza, Ahmed Jaabari, que entre outras coisas era realmente líder da ala militar do Hamas, mas nos últimos anos também ocupou o papel de principal negociador com Israel, entre outras coisas, na soltura do soldado israelense Ghalit, em troca da libertação de mais de mil prisioneiros palestinos. Nesse contexto, ele vinha negociando através de vários intermediários, tanto no Egito como no interior do movimento de não-violência israelense, por um cessar-fogo de longo prazo entre o Hamas e Israel. Então, como já aconteceu antes, quando as negociações entre israelenses e palestinos estavam em andamento, Israel responde à possibilidade de negociações sérias com o assassinato dos envolvidos nas negociações. Isso acontecera anos atrás, quando um outro líder do Hamas foi assassinado em Gaza, enquanto ele estudava o texto proposto de um acordo final de paz. Isso ocorreu em 1996. Então isso não é nada novo.
Precisamos entender essas coisas considerando o contexto bélico estadunidense e a dependência dos EUA dos tais assassinatos programados. Isso torna muito mais difícil para nós, que tentamos mudar a política dos EUA, exigir que os EUA pressionem Israel impedindo esses assassinatos programados, pois sabemos que tais assassinatos estão bem no centro do palco da política estadunidense no Afeganistão, no Paquistão, no Iêmen, na Somália, e talvez em outros lugares. Mas há também outros aspectos a considerar.
Estamos diante de uma grande questão: afinal, quem se defende de quem? A História é determinada pelo início do funcionamento do relógio. E neste caso, o que estamos ouvindo muito bem por toda parte a partir dos meios de comunicação dos Estados Unidos é que Israel respondeu aos foguetes palestinos, que palestinos lançaram foguetes, que os palestinos disparam foguetes, e Israel retruca. De vez em quando ouve-se algo sobre vítimas palestinas, mas principalmente ouve-se apenas sobre foguetes palestinos, sobre Israel reagindo aos ataques palestinos.
Neste caso, é verdade que antes do assassinato houve o disparo de um míssil anti-tanque por parte dos palestinos, por uma das facções armadas palestinas, contra um grupo de soldados israelenses, e que vários deles ficaram feridos. Daí surge uma nova questão: bem, qual a razão do disparo de tal míssil naquela ocasião?
Voltemos para a última segunda-feira, por exemplo, quando as forças israelenses mataram um jovem na Faixa de Gaza que se aproximava da cerca da fronteira. Sua família e outros disseram que ele tinha problemas mentais, que era mentalmente doente, que não tinha ideia de onde estava. Os israelenses afirmam que avisaram para não se aproximar da cerca. Ele não ouviu, não entendeu, ou não prestou atenção, e eles o mataram. Em outro ataque, dois dias depois, na quinta-feira, militares israelenses enviaram tanques e um trator para Gaza, invadiram o território de Gaza, e mataram a tiros uma criança de 13 anos de idade, perto de um parque infantil, cerca de 1.200 metros, mais de um quilômetro de distância de onde os soldados estavam.
Então, tudo isso ocorre sem que ninguém realmente preste atenção. É só quando há uma enorme escalada (neste caso, do lado israelense pelo assassinato de um importante líder do Hamas) que as pessoas começam a prestar atenção. Isso pode resultar em um grave perigo: temo que a discussão pública, de alguma forma, adote um novo padrão de normalidade; Ou seja, se Israel apenas responde aos ataques, essa visão tarda o reconhecimento de que trata-se de uma ocupação.
A forma de ocupação de Gaza é diferente. Não é com soldados israelenses no território. Os soldados e colonos sairam em 2005. Mas a lei internacional diz muito claramente que ocupação define-se como controle de um território a partir do exterior, por parte de um governo externo, e é precisamente isso que temos em Gaza. Essa ocupação toma a forma de um cerco militar israelense que comanda as fronteiras, que determina quem pode entrar, quem pode sair, que bens podem entrar ou sair, que controla os mares em torno de Gaza, que constrói um muro que cerca Gaza completamente, que controla as fronteiras, que controla o espaço aéreo, que bombardeia o aeroporto de modo que nenhum avião possa pousar, que impede os pescadores de Gaza de sair mais de uma milha para o mar -- esta ocupação é de uma forma diferente. E a menos que compreendamos que essa é a causa do nível de violência que vemos, não teremos condições de acabar com ela.
A primeira coisa que tem que acontecer, é claro, é a chamada para um cessar-fogo imediato de ambos os lados. Mas a menos que entendamos o contexto da ocupação, essa trégua não durará muito.
ALTO OCAMO, 10 Set 2012 (AFP) -Isolada, tranquila e escondida pela imensa floresta amazônica do sul da Venezuela, a comunidade indígena ianomâmi Irotatheri recebe inesperadamente um grupo de jornalistas convidados pelo governo para demonstrar que não há provas de um suposto massacre denunciado no fim de agosto. "Sentem medo quando o helicóptero passa, todos fogem", comenta Oscar Pérez, um estudante de Medicina que viajou com a comitiva e faz estágio em comunidades próximas a Irotatheri, no município Alto Ocamo, no Amazonas, a apenas 19 km da fronteira com o Brasil. Há uma semana, o governo implantou a operação militar ''Centinela'' para investigar a suposta matança de cerca de 80 ianomâmis Irotatheri por garimpeiros brasileiros, segundo uma denúncia de uma organização aborígine e da ONG Survival International, que defende os direitos dessas comunidades.
Após uma primeira incursão, as autoridades garantiram que não foram encontradas evidências do ataque e o governo autorizou um grupo de jornalistas a visitar a região de insistentes denúncias da Survival, com sede em Londres. "No matanza, todo fino" (Sem matança, tudo bem), explica em espanhol um ianomâmi de uma comunidade vizinha depois de conversar com um tradutor.
Geralmente quase nus, na ocasião, os Irotatheri receberam a visita vestidos com um tecido vermelho: alguns cobriam suas genitálias, outros enfeitavam suas cabeças ou as mulheres a usavam para carregar seus bebês. O ''novo traje'' é um presente da ministra para os Povos Indígenas, Nicia Maldonado, que chegou ao local dias antes para investigar o caso. Logo que a comitiva saiu do helicóptero, os indígenas, curiosos, deram pequenas palmadas de boas-vindas no peito de seus visitantes. Neste local isolado, não há sinal aparente de violência nem de mortes, constata a AFP.
Seus habitantes, que mantêm um pouco de tabaco na boca quase sem mastigar, prepararam uma dança mostrando suas lanças e arcos e o rosto pintado com linhas negras. Algumas mulheres cobrem os olhos de seus filhos com os braços quando são fotografadas para "evitar que percam seu espírito", explica o tradutor. Pérez conta que a comunidade costuma sofrer com doenças como conjuntivite e infecções respiratórias, produto da constante exposição à fumaça das fogueiras, e com o bicho do pé, que penetra a pele causando úlceras graves e problemas de pele. Uma primeira patrulha, formada por 15 pessoas - militares, um tradutor e um guia ianomâmi -, "caminhou sete dias pela floresta amazônica" para chegar até os Irotatheri em "busca de provas" do massacre, relata o tenente coronel Orlando Romero, que liderou a expedição.
Quando chegamos, eles "se assustaram", disse Romero no pátio central dos sete shabonos (cabanas) da comunidade, com aproximadamente 50 habitantes. "Lidar com uma comunidade como essa é extremadamente difícil e perigoso", acrescenta, explicando que só é possível chegar ao lugar a pé ou depois de uma hora de voo de helicóptero. -- Só conhecem os números um e dois -- A etno-linguista Mari Claude Mattéi Muller, uma especialista na etnia, explica à AFP que os Irotatheri são uma das centenas de comunidades ianomâmi que habitam a área fronteiriça de 200.000 km2.
"Calculamos que existam na Venezuela em torno de 15.000 ianomâmi e outros 20.000 no lado brasileiro", afirmou Muller, procurando ser prudente com os dados por considerar que na Venezuela não há um censo exato dessa população. Para a etno-linguista é difícil saber se realmente ocorreu a matança, pois a cifra de 80 mortos parece suspeita. "Para os ianomâmi, existem os números um e dois, e tudo acima disso chamam de ''muitos''", argumenta, mas destaca que alguns de seus amigos nas comunidades alertaram que "algo aconteceu", sem se atrever a confirmar nada. Muller lembrou que os ianomâmi são um povo nômade, o que impede que se determine se é a primeira vez que os Irotatheri têm contato com o mundo moderno, como suspeita Romero.
Os primeiros registros da existência dos ianomâmi, maior povo indígena do Amazonas, datam do início do século XIX, quando o explorador e geógrafo alemão Alexander von Humboldt se encontrou com quatro deles enquanto percorria diversas regiões da Venezuela, afirma a especialista. No entanto, foi no final dos anos 1950 que "o contato começou" com várias comunidades, quando missões de salesianos e evangelistas "se instalaram ao longo do rio Orinoco", acrescentou. De acordo com a também ex-professora de línguas indígenas da Universidade Central da Venezuela, ao longo de toda a fronteira com o Brasil "existem há vários anos" garimpeiros, que costumam andar armados e que diante da "necessidade de alimentos ou mulheres atacam uma comunidade ianomâmi ou qualquer outra que esteja perto".
Extraído de http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6142856-EI294,00-Irotatheri+a+comunidade+ianomami+na+Venezuela+que+chamou+a+atencao+mundial.html
*Material copiado de http://masantropologia.blogspot.com.br/2012/08/matanza-yanomami-cronologia-de-una.html
Matanza Yanomami: Cronologia de Una Masacre [Actualizado Constantemente]
Etiquetas: Antropologia Politica, Antropologia Social, Sudamérica, Venezuela
SEGUNDO COMUNICADO DE LAS ORGANIZACIONES INDÍGENAS DEL ESTADO AMAZONAS (COIAM)
Solicitamos que se continúe la investigación y que se llegue al lugar de los hechos.
En el día de 03 de Septiembre de 2012, nosotros, pueblos y comunidades indígenas
de la Amazonía venezolana, agrupados en la Coordinación de Organizaciones Indígenas de
Amazonas (COIAM), HORONAMI ORGANIZACIÓN YANOMAMI y el Consejo Nacional Indio de Venezuela, reunidos en Puerto Ayacucho, queremos presentar el siguiente COMUNICADO
sobre SUPUESTA MASACRE DE INDÍGENAS YANOMAMI en la comunidad IROTATHERI,
Municipio Alto Orinoco, cometida por mineros ilegales provenientes de Brasil (garimpeiros):
1.- Reconocemos los esfuerzos de las instituciones del Estado venezolano y del
Gobierno Nacional que se han trasladado hasta la zona, especialmente del Ministerio Público,
la 52 Brigada del Ejército, el CICPC, La Defensoría del Pueblo, para realizar la investigación
correspondiente y verificar la información recibida en Parima “B” sobre la presunta ocurrencia
de una masacre de indígenas Yanomami en el shapono de Irotatheri en la zona del Alto
Ocamo. Nuestras organizaciones han actuado sin responder a criterios políticos o de terceros
ajenos a las luchas indígenas.
2.- Nos preocupa que a pesar de que la Comisión estuvo en la Comunidad de MOMOI
el día 02 de septiembre de 2012, la comisión NO LLEGÓ AL SHAPONO DE IROTATHERI, lugardonde presuntamente habrían ocurrido los hechos en el mes de julio de 2012, razón por lacual no se puede decir que no se encontró evidencia alguna que demuestre la presunta
masacre.
3.- Solicitamos que se CONTINÚE CON LA INVESTIGACIÓN SOBRE LOS HECHOS
DENUNCIADOS HASTA LLEGAR A LA COMUNIDAD IROTATHERI, lo cual permitiría determinarcon exactitud lo que sucedió y cuya información llegó a Parima “B” en presencia de variasinstituciones, razón por la cual HORONAMI Organización Yanomami solicitó una investigación al Ministerio Público y pidió que los hechos denunciados fueran corroborados.
4.- Finalmente las organizaciones indígenas agrupadas en la COIAM, hacen votos por
el respeto del derecho a VIDA y que las agresiones violentas contra el pueblo Yanomami por
parte de los mineros ilegales provenientes de Brasil (garimpeiros), sean controladas de manera bilateral por ambos países.
HORONAMI ORGANIZACIÓN YANOMAMI
Organización Regional de Pueblos Indígenas de Amazonas (ORPIA)
Organización Indígena Piaroa Unidos del Sipapo (OIPUS)
Organización Ye´kuana del Alto Ventuari (KUYUNU)
Organización Indígena Jivi Kalievirrinae (OPIJKA)
Organización Mujeres Indígenas de Amazonas (OMIDA)
Asociación de Maestros Piaroa (Madoya Huarijja)
Organización Yekuana del Alto Orinoco (KUYUJANI Originario)
PRONUNCIAMIENTO DE LAS ORGANIZACIONES INDÍGENAS DEL ESTADO AMAZONAS (COIAM) sobre la nueva MASACRE DE INDÍGENAS YANOMAMI en la Comunidad IROTATHERI cometida por mineros ilegales brasileños.
En el día de 27 de Agosto de 2012, nosotros, pueblos y comunidades indígenas de la Amazonía venezolana, agrupados en la Coordinación de Organizaciones Indígenas de Amazonas (COIAM), representados por la Organización Regional de Pueblos Indígenas de Amazonas (ORPIA), la Organización Indígena Piaroa Unidos del Sipapo (OIPUS), la Organización Ye´kuana del Alto Ventuari (KUYUNU), la Organización Indígena Jivi Kalievirrinae (OPIJKA), la Organización Yanomami (HORONAMI), la Organización Mujeres Indígenas de Amazonas (OMIDA), la Organización de Comunidades indígenas Huôttuja del Sector Parhuaza (OCIUSPA), la Asociación de Maestros Piaroa (Madoya Huarijja), La Organización Piaroa del Cataniapo "Reyö Aje", la Organización Indígena de Río Negro (UCIABYRN), la Organización Piaroa de Manapiare, la Organización Ye´kuana del Alto Orinoco (KUYUJANI Originario), el Movimiento Político Pueblo Unido Multiétnico de Amazonas (PUAMA), reunidos en Puerto Ayacucho, queremos realizar el siguiente pronunciamiento sobre la NUEVA MASACRE DE INDÍGENAS YANOMAMI ocurrida en la comunidadIROTATHERI, Municipio Alto Orinoco, cometida por mineros ilegales provenientes de Brasil y cuya información fue suministrada por sobrevivientes y testigos durante el mes de agosto de 2012:
1.- Nos solidarizamos con el pueblo Yanomami en Venezuela y su organización HORONAMI, quien ha sido víctima en el mes de julio 2012, de una NUEVA MASACRE OCURRIDA EN LA COMUNIDAD IROTATHERI, ubicada en las cabeceras del río Ocamo, Municipio Alto Orinoco y área de influencia de varias comunidades Yanomami como son MOMOI, HOKOMAWE, USHISHIWE y TORAPIWEI, las cuales vienen siendo agredidas e invadidas por mineros ilegales provenientes de Brasil (GARIMPEIROS) desde hace más de 04 años.
2.- Lamentamos profundamente este nuevo ataque violento contra el pueblo Yanomami, en el cualhabría muerto un número indeterminado de personas, con 03 sobrevivientes en una comunidad (shapono) de aproximadamente 80 indígenas Yanomami en el Alto Ocamo, la cual fue quemada y agredida con armas de fuego y explosivos según testimonios de los sobrevivientes y testigos que se trasladaron a la comunidad de Parima "B" entre el 15 y el 20 de agosto de 2012, donde trasmitieron el trágico testimonio a miembros de la organización HORONAMI y autoridades venezolanas de la 52 Brigada del Ejército y el Centro Amazónico de Investigación y Control de Enfermedades Tropicales (CAICET).
3.- Expresamos nuestra preocupación debido a que desde el año 2009, se viene informado a varios órganos del Estado venezolano sobre la presencia de GARIMPEIROS en el Alto Ocamo ysobre diversas agresiones contra las comunidades de MOMOI y HOKOMAWE quienes fueron víctimas de violencia física, amenazas, uso de mujeres y contaminación del agua por mercurio con saldo de varios Yanomami muertos y sin haber TOMADO MEDIDAS EFECTIVAS PARA DESALOJAR A LOS GARIMPEIROS DE LA ZONA y diseñar un plan de control y vigilancia sobre su entrada cíclica en la zona, en momentos en que hay reportes del aumento de la actividad minera ilegal en toda la Amazonía brasileña.
4.- Esta situación no sólo afecta los derechos a la VIDA, LA INTEGRIDAD FÍSICA y LA SALUD DEL PUEBLO YANOMAMI, sino que constituye un nuevo genocidio y una nueva amenaza a la sobrevivencia física y cultural de los Yanomami, en un momento en que se cumplen en el año 2013, veinte (20) años de la Masacre de HAXIMÚ en la que fueron asesinados 16 mujeres, niños y ancianos.
5.- Solicitamos al Gobierno Nacional y a los demás órganos del Estado venezolano la realización de una INVESTIGACIÓN JUDICIAL URGENTE, el TRASLADO INMEDIATO HASTA EL LUGAR DE LOS HECHOS y LA ADOPCIÓN DE MEDIDAS BILATERALES CON BRASIL para controlar y vigilar la entrada de garimpeiros en el ALTO OCAMO, lugar de la masacre y con presencia de Yanomami amenazados por la acción incontrolada de mineros ilegales (garimpeiros). Recordamos que la omisión de investigar y tomar medidas eficaces como en el caso de HAXIMÚ, podría comprometer la responsabilidad internacional del Estado venezolano, por permitir que agentes externos agredan a nacionales venezolanos en su territorio.
Organización Regional de Pueblos Indígenas de Amazonas (ORPIA)
Organización Indígena Piaroa Unidos del Sipapo (OIPUS)
Organización Ye´kuana del Alto Ventuari (KUYUNU)
Organización Indígena Jivi Kalievirrinae (OPIJKA)
Organización Yanomami (HORONAMI)
Organización Mujeres Indígenas de Amazonas (OMIDA)
Organización de Comunidades indígenas Huôttuja del Sector Parhuaza (OCIUSPA)
Asociación de Maestros Piaroa (Madoya Huarijja)
Organización Yekuana del Alto Orinoco (KUYUJANI Originario)
Organización Piaroa del Cataniapo "Reyö Aje"
Organización Indígena de Río Negro (UCIABYRN)
Organización Piaroa de Manapiare,
Organización Yabarana del Parucito (OIYAPAM)
Movimiento Político Pueblo Unido Multiétnico de Amazonas (PUAMA)
Adjunto imágenes y ubicación de área devastada del territorio Yanomami (Río Ocamo_Amazonia venezolana) por actividades intensivas y extensivas de minería aurífera por garimpeiros brasileños. El área afectada pertenece a dos ABRAEs. Saludos. Gustavo Montes U., PhD
Il governo venezuelano continua a negare che ci sia stato un massacro contro gli Indiani Yanomami. Survival International sollecita il presidente Chávez ad espellere tutti i cercatori d'oro presenti illegalmente nel territorio indigeno e a far condurre un'adeguata indagine sul posto.Il presidente è solo l'ultimo degli alti rappresentanti governativi venezuelani ad affermare che non esistono prove dell'attacco alla comunità di Irotatheri, che si trova in un'area remota dell'Amazzonia, vicino al confine con il brasile.
Reuters Il Venezuela cerca di insabbiare un ‘massacro’ degli Yanomami. Survival interviene di nuovo
Tuttavia, ora anche l'Organizzazione degli Stati americani si è unita a Survival e alle organizzazioni indigene amazzoniche nel sollecitare il Venezuela a "condurre una seria indagine per determinare con certezza quel che è accaduto"."La legge internazionale sui diritti umani obbliga gli stati a condurre un'indagine giudiziaria sui gravi atti di violenza denunciati" afferma l'OSA.
LEGGI ANCHE: Cercatori d'oro massacrano comunità E Stephen Corry, direttore generale di Survival International, aggiunge: "Se il governo venezuelano ha a cuore il benessere dei suoi popoli indigeni, dovrebbe intervenire immediatamente per espellere tutti i minatori dalla terra indiana anziché prendersi la pena di negare che ci sia stato uno scontro violento con gli Indiani. Anteponendo la protezione della sua reputazione alla vita degli Indiani, si sta comportando come hanno sempre fatto i governi dell'America Latina. Tra poco ci sentiremo dire che siamo parte di una cospirazione del capitalismo per destabilizzare le prossime elezioni governative, esattamente come siamo accusati di far parte di cospirazioni di sinistra quando denunciamo questi tipo di violenze negli stati di destra. I popoli indigeni sono stati trattati ugualmente male sia da parte delle destre che delle sinistre, per generazioni. Il presidente Chávez dovrebbe espellere coloro che invadono i territori indigeni in tutto il Venezuela, e assicurarsi che questo specifico episodio, che secondo testimoni ha provocato delle morti, sia soggetto a un'immediata e completa indagine".
Lunedì scorso, il Coordinamento delle organizzazioni indigene amazzoniche (COIAM) ha diffuso una dichiarazione che riconosce gli sforzi investigativi sin qui fatti, ma esprime preoccupazione per il fatto che la commissione incaricata dell'indagine "non abbia raggiunto Irotatheri Shapono, il luogo dove i fatti denunciati si sarebbero verificati a luglio".I testimoni denunciano di aver trovato "corpi e ossa bruciati".
(Caracas, 07 de septiembre. Noticias24) – El gobernador del estado Amazonas, Liborio Guarulla, informó que la comisión nombrada para investigar la presunta matanza Yanomami “está dando vueltas”, pero no ha llegado a la zona neurálgica donde denunciaron que ocurrió el hecho.
Asimismo, Guarulla no descarta que la masacre haya ocurrido, “todo indica que es así, no es la primera vez que el estado venezolano niega los hechos. Cuando ocurrió la masacre de Jasimo, el estado venezolano pasó cinco meses para constatar a raíz de la presión de los medios de comunicación y regionales para que una comisión mixta, con testigos de derechos humanos, pudieran estar en el lugar. Y se pudo constatar que ocurrió una masacre”.
También refirió que los denunciantes de la situación “están desaparecidos”, cuando se sabe de su existencia y hay hasta material gráfico de estas personas.
En este sentido, el secretario de Horonami, Luis Ahiwei Shatiwe, indicó que en los recorridoshasta ahora no han hallado los cuerpos de los fallecidos, ni tampoco a los testigos.
Shatiwe, agregó que hace cuatro días recorrieron la zona fronteriza de Brasil y Venezuela, visitando tres comunidades, entre ellas la Irotatheri, y no hallaron los cuerpos de la presunta masacre Yanomami. Negó que haya estado detenido por las Fuerzas Armadas.
El representante indígena reiteró que la comisión compuesta por la Fiscalía, la Fuerza Armada y médicos forenses, no encontraron el lugar referido.
Finalmente el vicepresidente de la Organización Horonami, Itirio Hoharigua, recalcó, “yo soy de Alto Orinoco, ahorita vamos a verificar a ver dónde sucedió. A ver si eso fue falso”.
Mientras el Gobierno desmiente la presunta matanza de yanomamis, la Policía Federal de Brasil se ha puesto a investigar el caso. Por ahora Swapori, el yanomami "testigo", insiste en que garimpeiros brasileños lanzaron granadas de percusión desde un helicóptero para destruir la comunidad
MARIO SZCHIMAN/ Especial Tal Cual
Se llama Swapori, y es uno de los yanomamis testigos de una matanza que, según el Gobierno venezolano, nunca fue. Swapori dijo que sí existió, y que se habría llevado a cabo en el asentamiento indígena de Irotatheri, en el Amazonas, cerca de la frontera con Brasil. De acuerdo al periódico El Mundo de España, Swapori declaró a la Radio Chamánica, de Puerto Ayacucho, haber sido testigo de un ataque por parte de garimpeiros brasileños, que habrían usado un helicóptero para ejecutar su matanza. Los mineros habrían usado granadas de percusión para destruir la comunidad y hacer volar por los aires un shabono, una gran choza circular de uso comunitario. Swapori también dijo haber visto "cuerpos, restos quemados de personas". Frente a ese testimonio se alzan formidables figuras del Gobierno venezolano, negando la matanza. En primer lugar, el presidente Hugo Chávez quien aseguró que "No hay indicios". En segundo lugar, la ministra de Asuntos Indígenas, Nicia Maldonado, quien encabezó una comisión de funcionarios que habrían viajado al área, confirmó que se trataba de una "supuesta" matanza y nada más. En tercer lugar, la Fiscal General, Luisa Ortega Díaz, dijo que un equipo técnico designado por el Ministerio Público "pudo constatar" que es falsa la denuncia de una supuesta matanza de 80 indígenas en el Alto Orinoco. Ortega Díaz aprovechó también para acusar de hostigamiento a la Comisión Interamericana de Derechos Humanos por haber exigido a Venezuela que se investigara la denuncia. EL RAYO QUE NO CESA Escribiendo en The Guardian de Londres el columnista James Mackay dijo que la actitud de los funcionarios venezolanos al negar la supuesta matanza, parece casi tan escandalosa como la versión de la masacre. Y se pregunta por qué. Según Mackay "el gobierno podría tener sus propios motivos para no encontrar evidencias de esos asesinatos". ¿Por qué negar la especie cuando proliferan evidencias? ¿A quién se protege negando una posible masacre que inclusive ha puesto a trabajar a la Policía Federal de Brasil? En ocasiones anteriores, cuando ocurrían episodios que podían afectar la imagen presidencial, siempre algún ministro ofrecía incinerarse como un bonzo. En cambio, ahora el presidente Chávez parece ser el líder de los bonzos. Y es bueno preguntarse el por qué.
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07 septiembre 2012
Clíver Alcalá niega masacre de indígenas yanomamis
Alcalá recalcó que en existe “total presencia” de cuerpos militares en la zona. (Foto El Carabobeño)
Dpa
El general Cliver Alcalá negó este viernes que haya ocurrido una masacre de indígenas de la etnia yanomami tras una visita a la región del Alto Orinoco de estado Amazonas.
“Hemos determinado y hemos visto que no hay ningún tipo de matanza como se indicaba en esas declaraciones que salieron (en la prensa) que originaron esta operación”, declaró el comandante de la Región de Defensa Integral Guayana del ejército a Venezolana de Televisión (VTV).
Alcalá recalcó que en existe “total presencia” de los cuerpos militares venezolanos que verificaron que “en el Alto Orinoco no hay ningún tipo de problemas”.
El general señaló además que desde el miércoles la ministra de Asuntos Indígenas, Nicia Maldonado, se encuentra en el área visitando y atendiendo a las comunidades indígenas, que no reportaron ningún tipo de anomalías.
Estas declaraciones se produjeron un día después de que la Fiscal General de Venezuela, Luisa Ortega Díaz, desmintiera la presunta masacre que fue denunciada la semana pasada por un grupo de diputados y Organizaciones No Gubernamentales (ONG) vinculadas con la defensa de los Derechos Humanos.
“Con absoluta responsabilidad, propiedad y la mayor seriedad le informo al país que no es cierto el hecho denunciado. No es cierto que hayan masacrado, matado, asesinado a 80 yanomamis como lo denunciaron en el Ministerio Público y como muchos medios se han hecho eco”, recalcó Ortega Díaz durante un programa de radio.
La jefa del Ministerio Público precisó que mandó una comisión a la localidad de Irotatheri, donde habría ocurrido la masacre, y se pudo comprobar que “en ninguna de estas comunidades ni en el recorrido que hizo el equipo se pudo constatar que hubiese tal hecho donde presuntamente mataron a tal cantidad de yanomamis”.
El general Alcalá subrayó la presencia de la minería ilegal en la zona “es muy incipiente”, lo que reduciría las posibilidades de choques entre la comunidad yanomami y los supuestos “garimpeiros”, como se conoce a los mineros ilegales que en muchos casos provienen de Brasil.
El Gobierno insiste en que la denuncia de la muerte de 80 indígenas es falsa, tras investigaciones de una comisión designada. Fiscal General pidió el cese del hostigamiento por parte de la CIDH
El polémico tema de la supuesta matanza de yanomamis ahora se encuentra bajo la lupa internacional.
Viernes, 07 Septiembre 2012 00:00
226 CLICS
Se acentúa la reacción internacional. Mientras el propio presidente Hugo Chávez, y varios funcionarios de alto cargo, insiste en negar la presunta masacre en la que murieron 80 indígenas del Alto Orinoco, en Amazonas; organizaciones como la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) y Survival International denuncian que se le ha restado importancia al hecho y exhortan que se realice “una investigación exhaustiva hasta determinar en forma concluyente lo ocurrido”. El primer mandatario lo dijo el miércoles en cadena nacional de radio y televisión. "Tras intensas averiguaciones, se determinó que no se ha encontrado por ningún lado rastros ni testimonios de masacre alguna". Pidió pruebas a quienes denunciaron el supuesto atentado perpetrado por los garimpeiros de Brasil, y aseguró que los medios que difunden la noticia apuestan por dañar su gestión en medio de la campaña por las elecciones presidenciales. Ayer, tanto Nicia Maldonado, ministra para los Pueblos Indígenas y Luisa Ortega Díaz, fiscal general de la República, ratificaron la versión del presidente Chávez y recordaron que se designó a una comisión especial que se trasladó hasta el lugar donde habría ocurrido la denuncia para realizar la investigación correspondiente. Ortega pidió el cese del hostigamiento por parte de la CIDH al Estado venezolano, al tiempo que anunció una jornada social y recreativa para los niños de las distintas etnias indígenas de Amazonas. Respaldo A pesar de las declaraciones oficiales, activistas indígenas aseguran que la comisión del Gobierno no llegó a la comunidad de Iratotheri, donde un grupo de garimpeiros llegaron en helicóptero, y desde el aire abrieron fuego contra los Yanomami y les lanzaron explosivos. O al menos así lo aseguran tres sobrevivientes, que al momento del ataque estaban de cacería. La denuncia la respaldan 14 organizaciones indigenistas. Stephen Corry, director de Survival International, criticó la falta de acciones concretas por parte del Estado. “Si el Ejecutivo se preocupara realmente del bienestar de sus pueblos indígenas, ya estaría tomando medidas para expulsar a los buscadores de oro de la tierra de los indígenas, en vez de tomarse tantas molestias en negar que se produjera una confrontación violenta entre los mineros y los indígenas". Aseguró que los pueblos indígenas han sido maltratados tanto por gobierno de izquierda como por la derecha, durante generaciones. "Se está comportando como los gobiernos latinoamericanos siempre lo han hecho, poniendo la protección de su propia reputación por encima de las vidas de sus indígenas. Lo próximo que dirán es que somos parte de una conspiración capitalista para desestabilizar al Gobierno ante las próximas elecciones”. 4 días duró la investigación del Gobierno, del jueves al domingo pasado. Runrunes En su columna Runrunes, el periodista Nelson Bocaranda informó que la Policía Nacional de Brasil (PNB) realizó una operación en julio en la región de Awara, en el Amazonas, y detuvieron a 26 personas señaladas de pertenecer a “empresas vinculadas a la joyería, propietarios de balsas mineras y motores. Pilotos de avión y helicópteros y mecánicos muchos de ellos”. Decomisaron 11 aeronaves y estarían buscando a 44 personas más, pues ya las 26 detenidas están en juicio. La PNB determinó que en el área de la frontera Brasil/Venezuela operan cinco grupos criminales integrados por gente como esas. Ellos estarían vinculados con la matanza que habría ocurrido en suelo venezolano. ________________________________
Maldonado reitera que no hubo masacre de yanomamis
07:55 am 06-Sep de 2012|
Diana Lozano Perafán
La ministra para los Pueblos Indígenas dijo que la comisión que investiga el caso no ha encontrado evidencia de hechos violentos
Nicia Maldonado |
La ministra para los Pueblos Indígenas, Nicia Maldonado, dijo que no se han conseguido evidencias sobre el asesinato de 80 miembros de la etnia yanomani. Las declaraciones las ofreció en el canal del Estado VTV.
Señaló que la comisión que hace la investigación del caso, fue hasta el pueblo La Esmeralda y que no hay confirmación de algún hecho violento. La ministra afirmó que la Fiscalía determinará la veracidad de la denuncia sobre el asesinato de 80 yanomamis.
Reiteró declaraciones. El sábado de la semana pasada, Maldonado aseguró que no se habían encontrado pruebas de algún shabono incendiado. Sin embargo, se supo que estuvo el martes en el sector La Esmeralda, donde tomó un helicóptero y regresó el mismo día.
"Cuando la ministra volvió, se negó a hablar con los indígenas que la increparon. Dijo que no iba a hablar con los yanomamis porque eran unos mentirosos", dijo la fuente que no quiso revelar su identidad.
Personas del sector advirtieron que en el viaje que Maldonado efectuó el martes no pudo haber llegado a la comunidad de Irothateri donde supuestamente ocurrió la masacre debido a que ese sitio está a cuatro días a pie de Momio, lugar más cercano al shabono afectado y donde pueden aterrizar aeronaves.
Fuentes contaron que al parecer ayer la comisión encargada de ir a pie al supuesto lugar del hecho regresó al sector La Esmeralda.
Pide investigar. La Comisión Interamericana de Derechos Humanos en un comunicado "expresa su más profunda preocupación ante la denuncia sobre una masacre en la Comunidad de Irotatheri". Por ello, "urge a las autoridades a realizar una investigación hasta determinar lo ocurrido".
Es cierto que hasta el momento de escribir esta nota no se sabe nada definitivo sobre la masacre de los yanomamis, en la que supuestamente un grupo de garimpeiros ilegales acribillaron a 80 venezolanos de esa tribu. Si el hecho fue verdad o no, se sabrá muy pronto. Pero, aunque no hubiese ocurrido, es inaceptable el trato que el Gobierno nacional le ha dado al tema. Para el presidente el asunto ni siquiera existe, no es digo de ser comentado ni un minuto, así sea para una proclama vacía en pro de su compromiso con el indigenismo y en contra de los garimpeiros. Es preferible hablar de las memorias del arañero de Sabaneta por que son insustanciales. La ministra de pueblos indígenas, en lugar de mostrar una preocupación natural y hasta cierta solidaridad, escurrió el bulto diciendo que no tenía ninguna información. La AN simplemente prefiere discutir sobre el sexo de los ángeles antes que ensuciarse las manos revisando las cosas que afectan a los venezolanos.
La función no solo debe continuar sino que no puede ser interrumpida por nimiedades como la probable muerte de 80 seres humanos. Eso puede esperar. Todo debe ser filtrado primero por el tamiz del G2. Es ahí donde finalmente se decide qué vidas valen o no la pena y cómo se tratará la noticia, de modo que sea lo más inocua posible, que pase agachada, que sea prontamente olvidada o atribuible a algún enemigo ad hoc.
En sus cuentas develar la masacre es más costoso que proteger garimpeiros ilegales. La campaña es lo primero, la imagen del comandante, fresco y artificial, no puede ser manchada por la muerte de gente simple y desconocida. Todo está subordinado a la permanencia en el poder.
¿Qué costos tienen esos yanomamis? ¿Qué beneficio puede obtener de una potencial masacre? ¿Cómo nos afecta en el mercado electoral? ¿Perjudicaría este hecho nuestras relaciones con Brasil? Son esas las preguntas que rondan en Miraflores mientras los asesores sacan cuentas y la sala situacional prepara un argumento, una excusa, una maniobra. Todo el aparato del Estado debe proteger no a sus ciudadanos sino a su comandante.
Si ocurrió o no la masacre, es accesorio. Si hubo muertos, se tratarán como bajas propias de la guerra que los delirios revolucionarios dictan, y apagarán el incendio con fanfarrias y autoalabanzas. Si no los hubo, todos en Miraflores respirarán profundo, no porque se haya respetado la sacralidad de la vida sino porque Chávez y su banda salvaron su pellejo. La verdad se doblega ante el poder.
CIDH urge "investigación exhaustiva" sobre masacre Yanomami
Jueves, 6 de septiembre de 2012
La CIDH recordó que "los Estados están obligados a adoptar medidas efectivas dirigidas a proteger la vida e integridad de los miembros del pueblo Indígena Yanomami”
Foto: Google
EFE - La Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) urgió a las autoridades venezolanas a realizar una "investigación exhaustiva" sobre la denuncia de masacre de cerca de 80 indígenas yanomami que, dice, ocurrió en una remota región del Alto Orinoco, en Venezuela. La CIDH recuerda que los "Estados están obligados por el derecho internacional de los derechos humanos a esclarecer judicialmente los graves actos de violencia denunciados, sancionar a los responsables y reparar las consecuencias". Según la denuncia los hechos ocurrieron el pasado mes de julio en la Comunidad de Irotatheri en el Alto Orinoco venezolano, cerca de la frontera con Brasil. De acuerdo a las informaciones divulgadas el pasado 27 de agosto, mineros ilegales, también conocidos como garimpeiros en Brasil, atacaron un shabono (vivienda comunitaria) donde se encontraban aproximadamente ochenta miembros de la Comunidad de Irotatheri del Pueblo Yanomami. Algunos supervivientes denunciaron cómo los ocupantes de un helicóptero dispararon contra todos los miembros de la Comunidad, incluyendo niñas, niños y ancianos. El Ministerio Público de Venezuela anunció públicamente que iniciaría investigaciones sobre estos hechos, y la ministra para Pueblos Indígenas, Nicia Maldonado, señaló poco después que no se habían encontrado evidencias de la masacre. Sin embargo, la fiscal general, Luisa Ortega, indicó que hasta el momento no se habían encontrado evidencias sobre la supuesta matanza, aunque reconoció que faltaban por visitar dos etnias de difícil acceso. La Coordinación de Organizaciones Indígenas de Amazonas (COIAM) emitió el lunes un comunicado en el que denunció que la comisión investigadora gubernamental no llegó a la Comunidad de Irotatheri. La CIDH recordó que "los Estados están obligados a adoptar medidas efectivas dirigidas a proteger la vida e integridad de los miembros del pueblo Indígena Yanomami, frente a los ataques que sufren por parte de terceros interesados en los recursos naturales que existen en sus territorios ancestrales". En marzo pasado el Estado venezolano se comprometió ante el organismo interamericano a promover el establecimiento de un "Plan de Vigilancia y Control Conjunto y Permanente, para monitorear y controlar la entrada de garimpeiros y la minería ilegal en el área Yanomami".
NC- Hugo Chávez, en un evento con Medios de Comunicación, dijo hoy que “no hay indicios” de que “esto” hubiese ocurrido.
“Hemos recorrido todo eso (la selva) y no hemos conseguido ninguna evidencia de esa masacre en territorio venezolano”. Dijo que el general Cliver Alcalá Cordones, destacado en el Estado Bolívar- estuvo informándole “Una ONG saca un papel y los medios lo publican en primera plana creyendo que con eso nos hacen daño. Yo, apenas salió la noticia, ordené lo que se investigara lo que se tenga que investigar (…) recorrieron todos esos pueblos y por ningún lado aparecieron ni rastros ni testimonios de los mismos indígenas”. ‘VIMOS CUERPOS DE PERSONAS QUEMADOS’ DANIEL LOZANO – EL MUNDO: “Nosotros somos testigos. La explosión quemó la comunidad, por eso voló (el shabono, la gran choza). Vimos cuerpos, restos quemados de personas”. Venezuela conoció este martes las primeras palabras de Swapori, uno de los yanomamis de la supuesta matanza del 5 de julio en la comunidad Irotatheri. Testimonio realizado ante los micrófonos de Radio Chamánica, de Puerto Ayacucho, que contradice lateoría oficial del Gobierno de Chávez, que niega de forma insistente que se haya producido tal masacre en el Alto Orinoco venezolano. El testimonio directo del indígena prestó aún más fuerza al comunicado conjunto de los colectivos indígenas Horonami (integrada por comunidades yanomamis), Coordinadora de Organizaciones Indígenas de Amazonas y el Consejo Nacional Indio de Venezuela, en el que exigen a las autoridades que lleguen hasta el lugar de la matanza para contrastar la denuncia. “La comisión no llegó al Shapono de Irotatheri, razón por la cual no pueden decir que no hallaron ninguna evidencia”. Las organizaciones “hacen voto por el respeto al derecho a la vida y por el control” a las agresiones violenta de los garimpeiros, mineros ilegales llegados desde Brasil. Un verdadero vendaval se ha levantado contra el oficialismo en plena campaña electoral. Incluso Marino Alvarado, director de la organización Provea y uno de los grandes defensores de los derechos humanos del país, disparó un torpedo político a los ministros de Chávez: “¡Se parecen tanto a ellos! (en referencia a los antiguos dirigentes del país, en la denominada IV República tan criticada por Chávez). Al igual que en 1993, el Gobierno pretende sin menor investigación negar masacre contra yanomamis”. Una de las grandes incógnitas que sigue abierta es qué pasó con los cuerpos de las víctimas. La tradición Yanomami ordena que los cuerpos sean quemados y sus cenizas, entregadas a las familias. Pero en este caso, “como los muertos son varios, nadie pudo quedarse con las cenizas. Tampoco fue posible la fiesta (funeral)”, añadió el superviviente Swapori. LUISA ORTEGA, fiscal general del Estado, fue la encargada de mantener la versión oficialista en las últimas horas. “He designado un equipo que lleva días investigando y no ha encontrado nada que compruebe que esto haya ocurrido”, afirmó. No obstante, calificó de “irresponsables” a los que habían dado a conocer la noticia. MISTERIO Y POLÉMICA. Sólo habían transcurrido tres horas desde un nuevo desmentido oficial en Caracas cuando Patricia Velásquez, embajadora de la Unesco, resquebrajó la argumentación del Gobierno de Chávez: “Sí hubo matanza de yanomami” en Irotatheri, poblado indígena del Alto Orinoco venezolano. “NO SE PUEDE DESCARTAR LA MATANZA DE YANOMAMIS” DICE COMANDANTE DE LA 52 BRIGADA ND – EL NACIONAL: – A pesar de los tajantes desmentidos de la ministra de los Pueblos Indígenas, del ministro del Interior y Justicia e inclusive del periodista Rolando Segura de Telesur, no es posible descartar todavía la matanza de 80 yanomamis de la comunidad Irothateri en el Alto Ocamo al sur del estado Amazonas. Así lo aseguró el comandantre 52 Brigada de Infantería de Selva y Guarnición de Puerto Ayacucho, general de brigada Jesús Zambrano, quien precisa que ninguna autoridad ha podido llegar aún al lugar de los supuestos hechos – “a la que sólo se puede acceder a pie por un trayecto que toma varios días según una nota de la periodista Diana Lozano Perafán de El Nacional. Dice la nota: “El militar explicó que integrantes de la brigada a su cargo y miembros de la organización Horonami, que la semana pasada denunciaron el asesinato de 80 indígenas a manos de garimpeiros brasileños, están tratando de llegar a la comunidad Irothateri, a la que sólo se puede acceder a pie por un trayecto que toma varios días”. “Las declaraciones del general son más prudentes que las de la ministra de los Pueblos Indígenas, Nicia Maldonado, de que no había pruebas de una supuesta masacre perpetrada en julio por mineros brasileños en el sur del país”, se advierte en el referido portal”. Las palabras del general Zambrano fueron recogidas por el Instituto Socioambiental de Brasil en su página web, de una entrevista que dio el comandante a una radio Chamánica. _________________________________________________________________ CIDH insta a Venezuela a investigar presunta matanza contra etnia yanomami
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Fecha 05/09/2012 08:44:00 p.m. Venezuela debe investigar la supuesta masacre de una comunidad indígena en el estado de Amazonas (sur), tras haberse comprometido recientemente a estrechar la vigilancia en esa región, pidió este miércoles la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH). "Los Estados están obligados por el derecho internacional de los derechos humanos a esclarecer judicialmente los graves actos de violencia denunciados, sancionar a los responsables y reparar las consecuencias", señaló el comunicado del ente autónomo de la Organización de Estados Americanos (OEA). Venezuela ya mandó una comisión para indagar la posible masacre, sobre la que existen reportes contradictorios, reconoció la Comisión. Unos 80 indígenas de la etnia yanomami, que viven en comunidades aisladas en la selva amazónica, habrían sido masacrados por mineros ilegales en el municipio Alto Orinoco, fronterizo con Brasil, según reportes de supervivientes. Según las fuentes oficiales, siete de las nueve comunidades que se tienen localizadas ya fueron contactadas y no se informó de signos de violencia, pero se desconoce la situación en las dos restantes. El trágico hecho habría ocurrido hace casi dos meses en una zona muy aislada, según los reportes. La CIDH recordó que ha examinado y recriminado masacres parecidas en el pasado, tanto en Brasil como en Venezuela. La Comisión recordó que Venezuela asumió en marzo de este año un acuerdo de solución amistosa con los yanomamis, para monitorear y controlar la entrada de mineros ilegales ("garimpeiros") en el área en donde habitan. AFP
Un hombre y un niño de la etnia yanomami. | Victor Englebert
Daniel Lozano | Caracas
Actualizado martes 04/09/201219:59 horas
"Nosotros somos testigos. La explosión quemó la comunidad, por eso voló (el shabono, la gran choza). Vimos cuerpos, restos quemados de personas". Venezuela conoció este martes las primeras palabras de Swapori, uno de los yanomamis de la supuesta matanza del 5 de julio en la comunidad Irotatheri. Testimonio realizado ante los micrófonos de Radio Chamánica, de Puerto Ayacucho, que contradice lateoría oficial del Gobierno de Chávez, que niega de forma insistente que se haya producido tal masacre en el Alto Orinoco venezolano. El testimonio directo del indígena prestó aún más fuerza al comunicado conjunto de los colectivos indígenas Horonami (integrada por comunidades yanomamis), Coordinadora de Organizaciones Indígenas de Amazonas y el Consejo Nacional Indio de Venezuela, en el que exigen a las autoridades que lleguen hasta el lugar de la matanza para contrastar la denuncia. "La comisión no llegó al Shapono de Irotatheri, razón por la cual no pueden decir que no hallaron ninguna evidencia". Las organizaciones "hacen voto por el respeto al derecho a la vida y por el control" a las agresiones violenta de los garimpeiros, mineros ilegales llegados desde Brasil. Un verdadero vendaval se ha levantado contra el oficialismo en plena campaña electoral. Incluso Marino Alvarado, director de la organización Provea y uno de los grandes defensores de los derechos humanos del país, disparó un torpedo político a los ministros de Chávez: "¡Se parecen tanto a ellos! (en referencia a los antiguos dirigentes del país, en la denominada IV República tan criticada por Chávez). Al igual que en 1993, el Gobierno pretende sin menor investigación negar masacre contra yanomamis". Una de las grandes incógnitas que sigue abierta es qué pasó con los cuerpos de las víctimas. La tradición Yanomami ordena que los cuerpos sean quemados y sus cenizas, entregadas a las familias. Pero en este caso, "como los muertos son varios, nadie pudo quedarse con las cenizas. Tampoco fue posible la fiesta (funeral)", añadió el superviviente Swapori. Luisa Ortega, fiscal general del Estado, fue la encargada de mantener la versión oficialista en las últimas horas. "He designado un equipo que lleva días investigando y no ha encontrado nada que compruebe que esto haya ocurrido", afirmó. No obstante, calificó de "irresponsables" a los que habían dado a conocer la noticia.
El Gobierno venezolano insistió en que es “falsa” la matanza de 80 indígenas de etnia yanomami en una zona fronteriza con Brasil, que fue denunciada por ONG, mientras organizaciones indígenas pidieron más investigaciones al asegurar que la comisión estatal designada no llegó al lugar de los hechos. “Visitamos todas las comunidades yanomamis y, por fortuna, se encuentran sin ningún tipo de hecho que lamentar o alguna situación de violencia”, dijo el ministro del Interior venezolano, Tareck el Aissami, en un contacto con la televisión estatal. El ministro reiteró que es una “falsa noticia”, luego de que el sábado la ministra para los Pueblos Indígenas, Nicia Maldonado, indicara que “no se encontró evidencia” de la masacre después de que una comisión estatal, integrada por la Fiscalía, la policía de investigaciones y la Fuerza Armada, visitara las comunidades yanomami. La Fiscalía General de Venezuela designó la semana pasada una comisión especial para verificar unos hechos denunciados el pasado 27 de agosto por la organización pro indígena Horonami, según la cual 80 yanomamis murieron el pasado 5 de julio tras un presunto ataque desde un helicóptero con una supuesta identificación brasileña. “Las comunidades agradecen, más bien, todo el apoyo que les ha ido brindando el Gobierno bolivariano y, gracias a dios, no existe ningún hecho de violencia”, remarcó el ministro. Entretanto, la Coordinación de Organizaciones Indígenas de Amazonas (COIAM) emitió hoy un comunicado en el que pidió al Gobierno que “continúe con la investigación sobre los hechos denunciados hasta llegar a la comunidad Irotatheri”, donde según la organización se produjo la presunta matanza. “La comisión no llegó al shapono Irotatheri, lugar donde presuntamente habrían ocurrido los hechos en el mes de julio de 2012, razón por la cual no se puede decir que no se encontró evidencia alguna que demuestre la presunta masacre”, reza el comunicado. Las organizaciones indígenas agrupadas en la COIAM “hacen votos por el respeto del derecho a la vida y que las agresiones violentas contra el pueblo Yanomami por parte de los mineros ilegales provenientes de Brasil (garimpeiros), sean controladas de manera bilateral por ambos países”, finaliza el texto. El pasado 29 de agosto, el secretario de Asuntos Indígenas de la Gobernación de Amazonas, Hilario Linares, declaró a Efe que tres sobrevivientes de la tragedia, que se encontraban en ese momento de caza, relataron que un helicóptero sobrevolaba un “shabono” (cabaña) donde se encontraban los pobladores y “escucharon” los disparos. “Cuando llegaron vieron ya la masacre”, señaló Linares, quien indicó que también hay testigos que iban de visita a la comunidad. EFE ________________________________________________________________________
Presunta Masacre de Yanomamis
Por: Circuito Éxitos
“La ministra y Alcalá Cordones fueron a otro shabono con cámaras de Telesur y VTV para hacer el show.” – Andrés Avelino Álvarez
“La ministra para los Pueblos Indígenas de Venezuela, Nicia Maldonado, desmintió la versión acerca del asesinato de 80 integrantes de la etnia yanomami en el estado Amazonas. Maldonado dijo que, tras la visita de una comisión de las Fuerzas Armadas de la Nación, ‘no se hallaron evidencias de este suceso ni de viviendas incendiadas’.” – Diario Tal Cual Andrés Avelino Álvarez, diputado de comisión pueblos indígenas, denunció a la ministra Nicia Maldonado y al general Alcalá Cordones de irse con una comisión a un Shabono diferente (que quedaba a una hora de la Esmeralda donde presuntamente ocurrió la masacre), para dar la noticia falsa de que no había pasado nada. “La razón por la que esto se quiere esconder, es que algunos generales son los principales promotores de la minería”, dijo. Por su parte, Esteban Mosonyi, antropólogo, explicó que los garimpeiros sí pueden llegar donde ni el ejército venezolano puede. “Llevan más de 30 años ocupando la zona". Escuche todo el foro aquí.
La embajadora de la Unesco señaló en el programa Noticia Mujer, de la cadena informativa, que la información sobre la matanza a indígenas venezolanos por parte de mineros ilegales brasileños, el pasado 5 de julio, le había sido provista por "fuentes confiables y que no pueden ser puestas en duda, porque cuando se comunican conmigo, como vocera y representante del pueblo Wayuú, lo menos que debo hacer es creerle a quienes comparten raíces ancestrales".
La Policía Federal de Brasileselmásimportanteorganismodeseguridaddelpaísysepronuncióenunanota oficialacercadeladenunciadamasacredelosindiosyanomamisque,segúnorganizacionesdedefensadelos derechosdeestascomunidades,ocurrióenagostopasadoednterritoriovenezolano.
Enreferenciaalainformacióndivulgadasobrelamasacre de los indios yanomamis,enunaaldea situadaenlafronteradeBrasilconVenezuela,laPolicíaFederaldeBrasilaclara:
A través de su cuenta en la red social Twitter, @TareckPSUV, el ministro detalló que comisiones del Cuerpo de Investigaciones Científicas, Penales y Criminalísticas (CICPC), el Ministerio Público y la Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB) visitaron todas estas comunidades indígenas y ratificaron que todo está bien
El ministro para las Relaciones Interiores y Justicia, Tareck El Aissami, reportó este domingo normalidad en las comunidades de la etnia Yanomami, en el estado Amazonas, que fueron visitadas para corroborar la denuncia de una supuesta matanza de miembros de ese pueblo indígena.
A través de su cuenta en la red social Twitter, @TareckPSUV, el ministro detalló que comisiones del Cuerpo de Investigaciones Científicas, Penales y Criminalísticas (CICPC), el Ministerio Público y la Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB) visitaron todas estas comunidades indígenas y ratificaron que todo está bien.
"Amazonas: Comisiones del CICPC, Ministerio Público y FANB, visitaron todas las comunidades Yanomami. Gracias a Dios todas están bien", escribió El Aissami.
El titular de Relaciones Interiores y Justicia hizo esta aclaratoria debido a las denuncias de integrantes de esta población indígena sobre una supuesta matanza de habitantes de estos pueblos originarios, que fueron reseñadas por diversos medios de comunicación. "Es repudiable la manera miserable como algunas personas y medios de comunicación difundieron la falsa noticia sobre las Comunidades Yanomami", acotó el ministro. El pasado viernes, El Aissami informó que las autoridades del Estado habían contactado con siete de las nueve comunidades yanomamis que hacen vida en la entidad y ratificaron total tranquilidad en su entorno. No obstante, una comisión partió a la entidad para constatar la situación en todas las comunidades, sin hallar evidencias de violencia en estas.
Min. Nicia Maldonado: Fue falsa supuesta masacre de Yanomamis (+VIDEO)
Nacionales - 2/sep/2012
“Podemos decirle al país que no se encontró evidencia de ninguna muerte, ni evidencia de casas incendiadas de la supuesta masacre de 80 hermanos yanomamis en el Alto Orinoco del estado Amazonas”.
“Podemos decirle al país que no se encontró evidencia de ninguna muerte, ni evidencia de casas incendiadas de la supuesta masacre de 80 hermanos yanomamis en el Alto Orinoco del estado Amazonas”.
La ministra del Poder Popular para los Pueblos Indígenas informó el resultado de las visitas realizadas al sur del país, en los sitios donde fue denunciada una presunta masacre de miembros de la etnia Yanomami.
A través de un contacto telefónico con VTV, la ministra Nicia Maldonado informó que fue falsa esta denuncia.
“Podemos decirle al país que no se encontró evidencia de ninguna muerte, ni evidencia de casas incendiadas de la supuesta masacre de 80 hermanos yanomamis en el Alto Orinoco del estado Amazonas”.
Dijo que el Estado venezolano emprendió estas visitas y ofreció a la opinión pública los resultados, en su compromiso por actuar transparente y legalmente ante cualquier denuncia.
Agregó que desde el día viernes, una Comisión integrada por la Fuerza Armada Nacional Bolivariana, al mando del Mayor General Clíver Alcalá Cordones; el Ministerio Público, la Defensoría Pública, la Fiscalía General de la República, el Ministerio de Pueblos Indígenas, el Ministerio de Relaciones Exteriores y el Cuerpo de Investigaciones Científicas, Penales y Criminalísticas (CICPC), emprendió una investigación y completó la visita a las comunidad donde se denunció este supuesto asesinato masivo de personas nativas, que afortunadamente resultó ser falso.
AUTORIDADES VENEZOLANAS NO HAN MOSTRADO INTERÉS EN DEJAR EN EVIDENCIA A "LOS MENTIROSOS"
"EL MEJOR INDIO ES EL INDIO MUERTO"
El gobierno de Venezuela niega que garimpeiros hayan asesinado a decenas de yanomamis
Brasil y grupos de defensa de los indígenas han pedido investigar las denuncias de una presunta masacre
MARIO SZICHMANEspecial para TalCual
La ministra para los Pueblos Indígenas de Venezuela, Nicia Maldonado, desmintió la versión acerca del asesinato de 80 integrantes de la etnia yanomami en el estado Amazonas. Maldonado dijo que, tras la visita de una comisión de las Fuerzas Armadas de la Nación, "no se hallaron evidencia de este suceso ni de viviendas incendiadas". Tampoco los integrantes de la comisión investigadora ofrecieron evidencia alguna de que la matanza no había ocurrido. Por ejemplo, fotos de la comunidad donde se habría registrado la matanza. O entrevistas con los indios, que lejos de haber sido asesinados, están vivos y gozan de buena salud. Pero quienes denunciaron la presunta matanza sí ofrecieron datos en abundancia. La Organización Horonami Yanomami entregó un comunicado a las autoridades venezolanas diciendo que la comunidad indígena de Irotatheri fue atacada en julio en el sur de Venezuela, cerca de la frontera con Brasil. Luis Shatiwe Ahiwei, un líder del grupo, dijo que visitantes de una aldea cercana encontraron a comienzos de julio cadáveres carbonizados y una choza circular (shabono) incendiada. Inclusive se aventuró una explicación de índole sexual para la matanza. Los mineros habrían atacado a los garimpeiros pues algunos yanomamis habían estado "rescatando a mujeres yanomamis" de los mineros. Ahiwei dijo en una entrevista telefónica que ignora cuántos indígenas fueron asesinados. Pero testigos de la aldea yanomami de Hokomawe mencionaron que unas 80 personas vivían en Irotatheri, y que encontraron sólo a tres sobrevivientes, quienes lograron salvarse porque habían salido de cacería. Esos sobrevivientes, señaló Ahiwei, dijeron haber oído disparos, explosiones, y el sonido de un helicóptero, "que los mineros en ocasiones usan para transportar suministros". Los tres indios se dirigieron a la aldea de Momoi, tras varios días de caminar por la selva, dijo Ahiwei. Y otros indígenas transmitieron la noticia a una comunidad más grande en Parima. Como se verá, el relato, y eso suele ocurrir con la verdad, tiene demasiados detalles, factibles de ser corroborados o desmentidos. Hay nombres de poblaciones indígenas mencionadas en el informe. Las autoridades venezolanas podrían visitar esas comunidades. Pero parece que las autoridades locales de Venezuela no mostraron excesivo interés en poner en evidencia a quienes habrían inventado una matanza. El gobernador del estado Amazonas, Liborio Guarulla, dijo que la denuncia de los yanomamis fue enviada a las autoridades nacionales porque la Guardia Nacional en Puerto Ayacucho no adoptó acción alguna cuando los indígenas presentaron la denuncia. También es posible que haya existido una matanza de menores proporciones. No olvidemos que en 1993 se denunció la matanza de 80 yanomamis, que por cierto fue negada por el gobierno venezolano de esa época. Se hizo una investigación, se determinó que sí, que había existido una matanza, y se descubrió que no eran 80 sino 16 los yanomamis asesinados por garimpeiros en la zona de Haximu. Como en los casos antes mencionados con los rifles capturados al enemigo, tal vez los números redondos de 80 indígenas asesinados eran más espectaculares que la cifra real de 16. Pero es preferible una verdad chucuta, a una mentira genérica. LA VOZ DE LA RAZÓN Pese al desmentido de la ministra Maldonado, sería bueno que las autoridades venezolanas acataran el consejo de Linda Manaka, representante de la Asociación Venezolana de los Pueblos Indígenas en Puerto Ayacucho. Manaka dijo simplemente "Querríamos hablar con los sobrevivientes". Pues esos sobrevivientes han formulado una denuncia muy grave. Y si mintieron, podrían ir presos por perjurio. Christina Haverkamp, una defensora de los derechos de los indígenas que vive en Alemania, declaró a The Associated Press que tal vez los funcionarios venezolanos que viajaron al área "no encontraron la comunidad correcta, y deberían seguir investigando". Haverkamp dijo que en base al relato del grupo indígena, piensa "que hubo asesinatos". Si los funcionarios venezolanos "quieren descubrir la verdad", dijo Haverkamp. "Sólo la encontrarán junto con los yanomamis". Inclusive el gobierno de Brasilia parece más interesado que el de Caracas en determinar si buscadores de oro de su país asesinaron a miembros de la tribu yanomami tras cruzar el territorio de Venezuela. Según el periódico TheGuardian , de Londres, el ministerio del Interior de Brasil está "presionando" al gobierno de Venezuela a fin de determinar si los garimpeiros usaron un helicóptero para ametrallar a los yanomamis. UNA DE COWBOYS Durante el siglo diecinueve, el ejército de Estados Unidos fue ampliando las fronteras nacionales, en parte avanzando hacia territorio mexicano o comprando tierras a los rusos y a los franceses, pero también empujando a los indios a sitios remotos. Consideraban que el mejor indio era el indio muerto, de acuerdo a una consigna muy extendida. (A muchos les sorprenderá descubrir que quienes quitaban el cuero cabelludo al enemigo no eran los indios, sino los soldados, aunque eso nunca se reveló en los filmes del Lejano Oeste). Ahora, los garimpeiros brasileños, parecen seguir la consigna de los soldados de Custer. Pero nadie tiene por qué imitarlos. Es lamentable que exista escaso interés por la suerte que puedan correr los yanomamis, y otros grupos indígenas en Venezuela. Y después de todo ¿Para qué sirven esos indígenas en la construcción del socialismo planetario? La desventaja es que cuando están vivos no votan. La ventaja es que cuando están muertos no hablan.
Tres testigos relataron entonces que un helicóptero disparó e hizo explotar la choza circular —el shabono— donde vivían alrededor de 80 indígenas yanomami de la comunidad Irotatheri, en una zona fronteriza con Brasil en la que mineros ilegales explotan desde hace al menos tres años dos minas de oro. Lo denunció la organización indígena Horonami, pero ni las autoridades venezolanas ni las organizaciones indígenas habían logrado hasta entonces verificar lo sucedido. El Ejecutivo de Hugo Chávez ha anunciado este sábado que la responsable del Ministerio de Pueblos Indígenas, Nicia Maldonado, y otras autoridades estaban ya sobre el terreno. Después, Maldonado ha comunicado que "no se encontró evidencia de ninguna muerte o no se encontró evidencia de casa o shabono incendiada en estas comunidades señaladas como escenario de este supuesto crimen".
El ministro del Interior Tareck el Aissami señaló el viernes, por su parte, que no se había encontrado ninguna "situación de violencia" en las siete comunidades visitadas, pero precisó que quedaban dos comunidades más alejadas todavía por verificar. Esta sería la matanza más cruenta de indígenas de la etnia yanomami del Amazonas, pero no la primera. En 2008 murieron cinco indígenas en la comunidad de Momoi, intoxicados por el mercurio que se utilizan losgarimpeiros para la explotación del oro, que ha contaminado extensas los suelos y los ríos de la zona. En 1993, 16 fueron asesinados por mineros ilegales brasileños en la población de Haximú. Venezuela suscribió el pasado mes de marzo un acuerdo ante la Corte Interamericana de Derechos Humanos por el que se compromete a garantizar la integridad del pueblo yanomami, además de hacer justicia en el caso de la masacre de Haximú.
Líder yanomami repudia manipulación de supuesto ataque a comunidad indígena
Puerto Ayacucho, 01 Sep. AVN.- El Secretario Ejecutivo de Horonami Organización Yanomami (HOY), Luis Ahiwei Shatiwe, indicó que los medios de comunicación social han tergiversado su solicitud de investigar un presunto ataque a una comunidad indígena ubicada en el sector Momoi, municipio Alto Orinoco, estado Amazonas. Shatiwe cuestionó que diversos medios den por hecho la muerte de miembros de la comunidad Irotaweitheri sin haber sido comprobado, y pidió respeto ante la posible muerte de sus hermanos. Indicó que a partir del momento que informó a diversos medios la situación, comenzó un despliegue de manipulación de la información con el único objetivo de utilizar a los yanomamis para fines políticos. "Reconocemos que las instituciones nos han ayudado a organizarnos, y de la que más hemos recibido apoyo es de la Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB), que nos ha llevado atención de salud y alimentos hasta las comunidades de difícil acceso", refirió. Por otra parte, señaló que en ningún momento ha mencionado que en Puerto Ayacucho se encuentran personas que presenciaron el hecho. "Ninguno de los que están aquí ha llegado a la comunidad Irotaweitheri. Los que me acompañaron viven en Ushishiweitheri, Hocomaweiteri y Rapaiwheitheri. Estamos manejando testimonios referenciales de terceras personas. Esta es la forma en que nos comunicamos en la selva", dijo. Precisó que lo que pretende HOY es comprobar la veracidad de una denuncia de ataque a una comunidad yanomami por parte de mineros ilegales provenientes de Brasil (garimpeiros) que están operando en el sector Momoi. Se presume que el hecho ocurrió en la comunidad Irotaweitheri, en la que viven aproximadamente 80 personas del pueblo yanomami, información recabada por una comisión que hizo presencia en el sector Parima B el pasado 20 de agosto. "Seguimos los pasos formales que hemos aprendido para que nos atiendan en este caso particular. Queremos decirle a todas las personas que nos escuchan, que lo que denunciamos es la información que nos ha llegado a Parima B. Para la cultura yanomami es muy delicado el tema de la muerte. No se puede hablar de los muertos por razones de respeto. Ustedes los 'nape' (persona no yanomami) rezan a sus muertos, nosotros no hablamos de ellos", refirió Shatiwe, quien pidió respeto al pueblo Yanomami y a su organización. Expresó a la Agencia Venezolana de Noticias que, cuando lograron formalizar su organización, no se dijo nada en los medios locales ni en la prensa internacional. "Cuando logramos organizarnos en Horonami, no se dijo nada en la radio, ni me llamaron las agencias de noticias internacionales; pero para nuestro pueblo esto fue el logro más importante en mucho tiempo". Frente a este proceder, Shatiwe repudió "la utilización de la desgracia de un pueblo para hacer un escándalo como el que se ha hecho con los Yanomami en esta oportunidad". Enfatizó que hay medios de comunicación que no entienden su cultura. "Han repetido muchas veces que hay 80 muertos. Eso en nuestra cultura no se puede hacer. Por eso, no es correcto mencionar tantas veces que hubo cierta cantidad de víctimas hasta que la información sea verificada".
A pedido do Marcos Wesley, encaminho informação sobre petição on line para apuração de denúncia de massacre contra os Yanomami.
Abc
Prezados
Luis Donisete Benzi Grupioni Secretário Executivo RCA - Rede de Cooperação Alternativa Rua Professor Monjardino, 19 Vila Sônia - 05625-160 - São Paulo - SP Tel./Fax (11) 3746-7912 / 3569-4973 / 3569-4936 www.rca.org.br E-mail: rede.rca@gmail.com
Hutukara com apoio do ISA lança petição on line pedindo apuração de denúncia de massacre contra os Yanomami
[31/08/2012 17:51]
A denúncia divulgada na última terça-feira (28/8) pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiam), que reúne 13 organizações indígenas da Venezuela, relata um massacre que teria sido perpetrado por garimpeiros brasileiros contra os Yanomami na fronteira do Brasil com a Venezuela. O número de mortos é incerto e os governos de ambos os países ainda precisam investigar os fatos.
Informações recebidas pelo ISA na tarde desta sexta-feira (31) de fontes de Puerto Ayacucho, na Amazônia venezuelana, dão conta de que uma comitiva se deslocou dessa cidade com o objetivo de chegar ao local onde teria ocorrido o massacre. Devem pernoitar na comunidade Yanomami de Parima B e seguir viagem na manhã deste sábado. A comitiva é cooordenada pelo Ministério Público Venezuelano com a participação da Comissão de Fiscalização do Ministério Público, da Associação Horonami, dos Yanomami da Venezuela, Defensoria do Povo, Ministério de Povos Indigenas, militares e guias Yanomami que conhecem o local, remoto, e caracterizado por floresta densa e serras, de difícil acesso.(Veja o mapa).
Circulou ainda a informação de que os relatos foram feitos por Yanomami que foram à comunidade Irothatheri visitar seus parentes e encontraram a maloca queimada e os mortos. Embrenharam-se em trilhas secundárias, por temor de encontrar os agressores, e acabaram achando três sobreviventes, que na hora do ataque estavam na floresta caçando e ouviram os tiros. Os parentes conseguiram chegar à comunidade de Parima B e lá deram seus depoimentos às organizações indígenas.
Como as notícias ainda são desencontradas e ninguém chegou ao local do suposto crime, a Hutukara Associação Yanomami enviou na tarde desta sexta-feira uma carta dirigida ao Presidente Hugo Chávez, com cópia à Presidente Dilma, ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e ao Procurador Geral da República, Roberto Gurgel pedindo a apuração dos fatos. Com apoio do ISA, a carta transformou-se em uma petição online, aberta à adesão de pessoas e instituições. Participe e assine.
A massacre has taken place of Yanomami people on the Venezuelan border, according to indigenous rights groups. Photograph: Russell Mittermeier/Alamy
A massacre of up to 80 Yanomami Indians has taken place in the Venezuelan state of Amazonas, according to claims emerging from the region, prompting the government to send in investigators. Blame is being placed on illegal garimpeiro miners who cross the border from Brazil to prospect for gold and have clashed violently with Amazon tribes before. According to local testimonies an armed group flew over in a helicopter, opening fire with guns and launching explosives into Irotatheri settlement in the High Ocamo area. The village was home to about 80 people and only three had been accounted for as survivors, according to people from a neighbouring village and indigenous rights activists. The claims were presented to local authorities in Puerto Ayacucho, the capital of Amazonas state on Monday, asking for an immediate investigation of the site where the alleged killing took place, and for the expulsion of the garimpeiros. The event would have taken place during the first two weeks of July but due to the remoteness of the village it is only now been made public. A spokeswoman at the public prosecutor's office said the government could not yet confirm the attack nor how many people may have been killed. Luis Shatiwe, a leader of the Yanomami group, told a Venezuelan newspaper that the survivors were hunters who had been out of the village at the time of the alleged attack. The hunters, he said, heard a helicopter and gunfire and said a communal hut in the village was destroyed by fire. Survival International, a London-based organisation that seeks to protect native peoples, said in a statement that another Yanomami told the group that tribespeople had found bones and charred bodies in the village. A member of the team that collected the testimony said: "When we heard the first accounts we flew into Parima-B [the closest town] by helicopter with a contingent of military. In Parima we spoke to Yanomami who had walked six days to get to Parima-B to talk to us. In places this remote that is how people communicate." The man asked not to be identified. Luis Bello, a lawyer in Puerto Ayacucho who defends indigenous rights, said the allegations were the latest in a series of reports of abuse as garimpeiro activities in the region have increased. "Reports of garimpeiros attacking different communities are becoming more and more frequent, and now we also hear of rivers being poisoned with mercury. We've reported to the authorities but we are so far away that is it all easily forgotten," Bello said. Bello said a combination of high gold prices and pressure from the Brazilian federal police in their own territory had led to the influx of garimpeiros. "They have also become more sophisticated. They used to fly in and land in clandestine strips, now they come in helicopters and use huge extracting machinery that is decimating the jungle," Bello said. In 1993, 16 Yanomamis were killed by garimpeiros in what became known as the Haximu massacre. But there have been cases that turn out to be fake. Aime Thilet, a member of Wataniba, an NGO that defends indigenous rights, said that when the latest alleged attack was reported "we were in the Alto Siapo, also on the border with Brazil, because we got radio a very detailed and what seemed credible report of another massacre, which turned out to be false". Livorio Guarulla, the governor of Amazonas state, said remoteness and military restrictions on access to the area made it difficult to investigate the claims quickly. "This happened in July but because it takes close to seven days to get there we don't really know what happened. The shaponos – the collective community dwellings – house more than 100 people, so it could be 70 [casualties] or it could be more or less." The minister for indigenous affairs has yet to make a statement.
Preocupación por presunta masacre contra un pueblo indígena en Venezuela
Redacción
BBC Mundo
30 de agosto 2012
En cada comunidad (shabono) yanomami viven alrededor de 80 ó 90 personas.
La Fiscalía de Venezuela designó este miércoles una comisión para verificar un presunto ataque contra una comunidad del pueblo yanomami en el estado Amazonas, cerca de la frontera con Brasil, en el que pudieron haber muerto decenas de personas.
La información se conoció ahora, pero la supuesta masacre habría ocurrido a principios de julio.
Según los denunciantes, nacionales brasileños dedicados a la minería clandestina, conocidos también como garimpeiros, dispararon contra un 'shabono' (aldea yanomami) en el que habitaban al menos 80 indígenas y después quemaron la casa que servía de vivienda para el grupo.
"Testigos que hablaron con tres sobrevivientes del ataque contaron que la comunidad Irotatheri fue asaltada y que ahí viven aproximadamente 80 personas. Ese es el número de muertos que estamos manejando, pero este dato es aún indeterminado", le dijo a BBC Mundo Luis Shatiwë, secretario ejecutivo de la organización yanomami Horonami.
Crónica de una denuncia
De acuerdo al relato de Luis Shatiwë, de la organización yanomami Horonami, "el pasado 5 de julio un grupo de garimpeiros quemó el 'shabono' Irothateri. Posteriormente, tres visitantes llegaron a la comunidad, y vieron los restos de cuerpos quemados.
"Al desviarse por otro camino para regresar a su comunidad, los visitantes encontraron a tres sobrevivientes en mitad de la selva, que narraron que los garimpeiros pretendían forzar sexualmente a mujeres yanomami.
"Ante la oposición de los yanomami, que consiguieron rescatar a las jóvenes, los mineros comenzaron a murmurar y organizarse para matar y hacer daño a la comunidad. Ahí se produjo el ataque.
"Los tres sobrevivientes dijeron que no podían abandonar su comunidad, teniendo allí los cuerpos sin vida de sus seres queridos, y les pidieron a los visitantes que transmitieran la información al exterior y les hicieran llegar ayuda.
"Ahí comenzó el itinerario de vuelta que culminó esta semana con la presentación de la denuncia formal de la masacre ante las autoridades de Puerto Ayacucho", narró Shatiwë.
La denuncia formal se presentó ante la Fiscalía Superior y la oficina de la Defensoría del Pueblo en Puerto Ayacucho, capital del estado Amazonas, y también ante la 52 Brigada de Guarnición Militar, que tomó declaraciones a los testigos.
DIFICULTAD DE VERIFICAR LOS HECHOS
Los expertos que conocen la región y la realidad de estas comunidades pidieron cautela y advirtieron sobre la dificultad de verificar la exactitud de estas denuncias, en parte por lo complicado que es el acceso a la zona conocida como el Alto Orinoco.
Si bien es sabido que en los últimos años han aumentado los roces entre los indígenas locales y garimpeiros, cabe recordar que en casos de peligro, los yanomami pueden esconderse en la selva, por lo que la desaparición de la comunidad no implicaría necesariamente que sus miembros hayan muerto.
Sin embargo, la magnitud de la denuncia llevó al gobierno venezolano a comprometerse a investigar los hechos, según expresó en un comunicado oficial. BBC Mundo intentó sin éxito contactar con la viceministra de Pueblos Indígenas, Yamileth Mirabal.
CONFLICTO DE DÉCADAS
El problema entre los garimpeiros y los yanomami no es nada nuevo, como explicó la antrópologa Hortensia Caballero a BBC Mundo.
"Las primeras incursiones de garimpeiros ilegales que se registraron entrando en la frontera venezolana datan de finales de la década de los 80", señaló.
"Las primeras incursiones de garimpeiros ilegales que se registraron entrando en la frontera venezolana datan de finales de la década de los 80"
Hortensia Caballero, antropóloga venezolana
El estado venezolano ha tratado de controlarlo colocando algunas bases militares en puntos fronterizos, pero el conflicto no termina de resolverse.
"Aparentemente es un problema que se ha tratado de controlar pero quizá no con tanto cuidado como se debía, por eso ahora viene nuevamente este tipo de denuncia que habla de una masacre, no se sabe bien cuántos yanomami murieron", manifestó la antropóloga venezolana.
Un abogado que trabaja con organizaciones indígenas en el estado Amazonas y que prefiere mantener el anonimato por temor a represalias, expresó a BBC Mundo su preocupación por el cariz que está adquiriendo la situación.
"Debido a la subida del oro, hay una incursión muy fuerte de minería ilegal en toda la zona, y con ella, todo un sistema de delincuencia organizada. Más allá de la situación del pueblo yanomami, que es algo puntual, es una realidad que se está generalizando a nivel de todo el estado", subrayó.
MASACRE DE HAXIMÚ
Un pueblo de arraigadas tradiciones
El pueblo indígena yanomami en Venezuela cuenta con 15.000 personas en el estado Amazonas y otra parte en el estado Bolívar. Están distribuidas en 200 comunidades o shabonos.
Son comunidades que, al momento actual, mantienen prácticas tradicionales de caza, pesca, recolección, ritos funerarios, cosmogonia y mitos.
Los yanomami habitan también en Brasil, donde particularmente en los años 80 y 90 estuvieron en el centro de polémicas por proyectos de desarrollo de la región amazónica que podían poner en riesgo su estilo de vida.
En 1993 hubo una incursión de garimpeiros en la comunidad Haximú, en territorio venezolano, tras la cual se pudo corroborar la muerte de 16 yanomami.
"En ese momento", sostuvo la antropóloga Caballero en declaraciones a BBC Mundo, "el estado venezolano comenzó a involucrarse cuando se dio cuenta de que la matanza fue en su territorio.
"Un grupo de derechos humanos con sede en Puerto Ayacucho acudió ante la Comisión Interamericana de Derechos Humanos por considerar que el gobierno venezolano actuaba de forma negligente, y la CIDH le dio la razón a los yanomami", agregó.
El Estado venezolano suscribió en 1999 ante la CIDH un acuerdo de solución amistosa, en el que se comprometió a diseñar, financiar y poner en funcionamiento un Programa Integral de Salud dirigido al pueblo yanomami; así como a promover la suscripción de un acuerdo con el gobierno de Brasil, para la vigilancia y control de la minería ilegal en el área yanomami.
EXTREMA VULNERABILIDAD
Los expertos consultados por BBC Mundo coincidieron en resaltar el éxito del proyecto de salud yanomami durante los primeros años, pero lamentaron que el servicio se haya deteriorado de un tiempo a esta parte.
Los casos de muertes por problemas de salud se han multiplicado últimamente. La contaminación de los ríos se ha agravado, han surgido brotes de paludismo y tuberculosis, y la malaria sigue estando presente.
La antropóloga Hortensia Caballero añadió que todo el territorio fue declarado reserva de biosfera del Alto Orinoco-Casiquiare, y la zona propiamente yanomami corresponde al Parque Nacional de Parima–Taperapecó.
"Cuando se crearon estas dos figuras con un régimen de administración especial se hizo también con la intención de proteger a las poblaciones indígenas", dijo la investigadora.
En conversación con BBC Mundo, el abogado de Amazonas no se mostró optimista al respecto. En su opinión, hay que manejar todo lo que está sucediendo a alto nivel. Agotar las instancias nacionales para luego acudir a las internacionales.
"Queremos que se haga justicia, que de verdad el estado venezolano y Brasil activen todo esto, que hagan valer nuestros derechos"
Luis Shatiwë, secretario ejecutivo de la organización Horonami
"Otros colegas han elevado esto en la Relatoría de Naciones Unidas sobre Derechos de los Pueblos Indígenas, empieza a haber informes a esas instancias", reconoció, pero recalcó que la parte indígena es muy vulnerable y hay enorme debilidad en cuanto a las formas de denuncia.
Esta vulnerabilidad es la que quieren revertir las organizaciones de las comunidades indígenas, y el caso de la denuncia de esta semana puede ser el comienzo de una etapa de mayor fortaleza.
De momento, la organización yanomami Horonami solicitó que las autoridades faciliten el traslado de militares y representantes yanomami a la comunidad atacada, y les dieron un plazo de 72 horas para que cumplan con este pedido.
"Si pasados esos tres días, no se atiende nuestra petición, estamos dispuestos a viajar a la capital venezolana, Caracas, para hacer uso de nuestro derecho de palabra ante la Asamblea Nacional", declaró Luis Shatiwë a BBC Mundo.
"Queremos que se haga justicia, que de verdad el estado venezolano y Brasil activen todo esto, que hagan valer nuestros derechos", concluyó Shatiwë.
Organizaçõesnão-governamentais(ONGs)dedefesadosdireitosdosindígenasque atuam naVenezueladenunciaramontem,quarta-feira,29,quemineirosmataramaté 80 ianomâmisna regiãodafronteiravenezuelana comoBrasil.Asinformaçõessãoda emissorabritânica BBC.Oataque,deacordocomosrelatos,ocorreunomêspassado, na comunidade de Irothatheri,localizadanasproximidadesdoterritóriobrasileiro.
Witnesses of the aftermath described finding ‘burnt bodies and bones’ when they visited the community of Irotatheri in the country’s Momoi region, close to the border with Brazil.
Initial reports suggest up to 80 people have been killed, but these numbers are impossible to confirm. Only three survivors have been found.
The attack is believed to have happened in July, but news is only just emerging.
Due to the community’s remote location, it took the Indians who discovered the bodies days to walk to the nearest settlement to report the tragedy.
Luis Shatiwe Yanomami, a leader of the Yanomami organisation Horonami, was in Parima and spoke to the Indians about what they saw. He heard how those who survived had been hunting at the time the community’s communal house was set alight.
He told Survival today, ‘For three years we have been denouncing the situation. There are lots of goldminers working illegally in the forest.’
Speaking to Survival today, Eliseo, a Yanomami man from the region who has spoken to the Indians who discovered the massacre’s aftermath, said, ‘They reported seeing charred bodies and bones, and the burnt remains of the shabono (communal house).’
Massacres against Yanomami Indians are not uncommon. In 1993, 16 Indians were killed after miners attacked the Yanomami community of Haximu in Brazil. Several miners were subsequently convicted of genocide. So far, there has been no investigation into this latest attack.
Stephen Corry, Director of Survival said, ‘This is another appalling tragedy for the Yanomami – heaping crime upon crime. All Amazonian governments must stop the rampant illegal mining, logging and settlement in indigenous territories. It inevitably leads to massacres of Indian men, women and children. The Venezuelan authorities must now bring the killers to swift justice, and send a signal throughout the region that Indians can no longer be killed with impunity. The mining and logging must be stopped.’
Note to Editors:
Survival’s Research Director Fiona Watson has over 25 years’ experience working with Indians including the Yanomami, and is available for interview.
Publicado por Notitarde.com el Miercoles, 29 de Agosto del 2012
VENEZUELA: Garimpeiros masacraron
a 80 indígenas de la comunidad yanomami
en Amazonas
Un total de 80 indígenas de la comunidad yanomami que tenían asiento en el estado Amazonas fueron asesinados por garimpeiros, denunciaron ante la Fiscalía Superior de Puerto Ayacucho, integrantes de Horonami Organización Yanomami, informa El Nacional (DIANA LOZANO PERAFÁN).
"La masacre ocurrió el 5 de julio y se tuvo noticia de lo ocurrido porque sobrevivieron tres hombres de la comunidad, que ese día habían salido muy temprano de cacería", explicó Luis Sahpiwe, secretario ejecutivo de la organización.
La solicitud fue presentada ante el Ministerio Público y también de la sede de la Defensoría del Pueblo que están ubicadas en la capital del estado Amazonas.
En el escrito piden que se investigue lo sucedido, que las autoridades se trasladen al lugar de los hechos (la comunidad de Irotatheri, que está a varios días de viaje a pie desde el río Ocamo) y que el Estado active mecanismos binacionales con Brasil para desalojar a los garimpeiros de la zona y mantenga vigilado el sector.
"Según la información recibida, un grupo de garimpeiros brasileños llegaron a la comunidad de Irotatheri (de acuerdo con los testimonios de tres supervivientes que se encontraban de cacería) y procedieron, utilizando armas de fuego y explosivos. Los supervivientes de la comunidad que se encontraban en la selva escucharon los ruidos de disparos, explosivos e incluso el aterrizaje de un helicóptero en el cual habrían llegado los mineros", se señala en el documento.
Sahpiwe aseguró que, de acuerdo con los testimonios de los supervivientes, el helicóptero sobrevoló muy cerca del shabono (especie de cabaña grande) en el que vivía la comunidad, y desde allí dispararon y procedieron a incendiar la estructura construida principalmente de paja.
"Miembros de la comunidad Hokomawe que iban de visita a la comunidad Irotatheri observaron el shabono quemado y los cuerpos calcinados, y se encontraron con los tres supervivientes", se señala en la solicitud de investigación.
El secretario ejecutivo de Horonami Organización Yanomami explicó que, con base en el testimonio de los tres supervivientes, los tres indígenas que iban de visita y de un grupo de 14 personas que se trasladaron al sitio del suceso concurrieron a la 52° Brigada de Infantería de Selva y Guarnición Militar de Puerto Ayacucho, y el 21 de agosto una comisión se dirigió a las comunidades de los indígenas que fueron testigos del hecho.
"Esta nueva masacre ocurre justo cuando el año que viene se cumplen 20 años de la de Haximú, en la cual fueron asesinados por los garimpeiros 16 indígenas yanomami, en su mayoría mujeres, niños y ancianos", se advierte en el documento presentado en la Fiscalía y la Defensoría.
"Esto es una masacre contra el pueblo yanomami", aseveró Sahpiwe.
AoperaçãoXawaracontinuaatéquetodososmandadosdebuscaeapreensãoeos deprisão expedidospelaJustiçasejamcumpridos.Alémdosagentesdauperintendência daPolícia Federal emRoraima,efetivopolicialdeoutrassuperintendênciasdopaísestá no Estadoedão apoioduranteaação policial.
Comparsa do traficante internacional Leonardo Mendonça é um dos presos
Dentre os investigados pela Polícia Federal durante a Operação Xawara, estão pessoas condenadas investigadas pela prática dos crimes de tráfico de drogas, genocídio, homicídio, contrabando, garimpo ilegal, formação de quadrilha e corrupção passiva e ativa.
O piloto Amarildo Berigó, uma das 33 pessoas com mandado de prisão temporária expedidos pela Justiça Federal, é apontado como comparsa do traficante Leonardo Mendonça, acusado por associação para o tráfico internacional e ainda de comandar uma quadrilha de dentro doComplexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO).
De acordo com investigações, o traficante Leonardo Mendonça e outros envolvidos formaram organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína colombiana e boliviana, com atuação no Suriname, Venezuela, Guiana, e nos estados de Goiás, Tocantins, Pará, Mato Grosso e também em Roraima. Ainda entre os presos durante a Operação Xawara está o dono de balsa Pedro Emiliano Garcia, condenado pelo genocídio de índios no caso conhecido por “Massacre de Haximú”, ocorrido em 1993 quando vários índios morreram após confronto com garimpeiros, na reserva Yanomami.
“Nãoestamosinvestigandopessoascomunsqueparticipamnogarimpo.Sãocriminosos quetem ocrimecomoformaemododeviver”,ressaltouodelegadoRicardoDuarte, coordenadorda OperaçãoXawara. Confira o nome dos presos que deramentrada no Sistema Penitenciário: 1.AmarildoOliveiraBerigó–pilotodeaviação 2.JoseJoaquimOrtiz–comerciante 3.ErnandeNascimentoAnísio–motorista 4.JoséAiresdeOliveira–autônomo 5.JorgeNonatoRocha–comerciante 6.JoaquimOliveiraGoularte–aviador 7.JoséDonizetedoAmaral–pilotodeaviação 8.MerandolinoJoséFerreiradeMacedo–piloto 9.NíveaSilvadeAraújo–vendedora 10.ValdirJosédoNascimento–empresário 11.WanderleyCorreiadaSilva–garimpeiro 12.RaulinoMaciel–desempregado 13.JadirRodriguesCosta 14.IvanildeCarvalhoSilva 15.DriellyMariadeCastro 16.MariadeNazarédeCastro 17.RonissonGonçalvesLima 18.RogérioSouzadaSilva–motorista
The Yanomami language is a linguistically isolated one with many dialects, making anthropologists believe that they once occupied a much larger area than at present. Their word for disease and epidemics is "Xawara" which they see as an evil spirit that lives in the bottom ofthe world. They have the same word for gold. They see the "nabebe" (white men") as having an insane desire to bring disease and gold from the bottom of the world.
Theselastremnantsofaformerstageofhumansocietyhaveatpresentlittlechanceofsurvival.NeldoCampos,thestategovernor,voicedtheinsatiablevoiceofmoderncapitalism whenhe said; "There is too much land for the Indians, and the devastating economy of the state will make it inevitable that hungry colonisers will want to move in on the indigenous reserves."