A luta de classes sempre estabeleceu os caminhos da humanidade e apresenta hoje, no curto prazo, uma nova bifurcação sinalizada primeiramente na noite de 9 de novembro de 1989 na queda do muro de Berlim; e dez anos depois em 30 de novembro de 1999 na luta contra o encontro da OMC em Seattle.
Eleitos ou não eleitos, liberais ou não liberais, à esquerda, ao centro, ou à direita, governantes são naturalmente conservadores. Aquilo que eles chamam de mudanças não passa de ajustes na tentativa de podar cada broto do novo que surge nas fissuras do asfalto e do concreto do velho. Não é preciso uma lupa para ver que desde a criação da Companhia das Índias Ocidentais os governos vem reduzindo a escombros o Planeta Terra, sob todos os aspectos.
No Oriente Médio a promissora Primavera Árabe sedenta por Democracia Direta esvai-se em sangue na carnificina promovida pelos senhores da guerra em suas ditaduras, em suas falsas democracias comandadas pela CIA, e na barbárie do Estado Islâmico, que tem pouco de Islâmico e muito de Estado.
Na busca por sobrevida o cambaleante Capitalismo de Monopólios ou Neoliberalismo atua em frentes distintas: uma de distensão em temáticas sociais como casamentos complexos e uso recreacional da maconha; outra de tensão na crescente perseguição a ecologistas, anarquistas, autonomistas, trabalhadores informais e povos originários.
Diante do exposto o que temos à frente? A bifurcação. À direita vemos a continuidade que leva ao escancarado abismo. À esquerda vemos alguma possibilidade de saída.