O Gabinete do İstanbul Bakırköy Prosecutor iniciou uma investigação sobre o ataque de Israel. Os comandos invadiram um dos principais navios da frota de seis navios, matando nove pessoas e ferindo dezenas de civis desarmados, em águas internacionais. O Procurador Mehmet Turan, que atua na mesa diretiva do Ministério Público de Ancara, também está auxiliando os promotores do Bakırköy. Ele ouviu os testemunhos de alguns dos feridos que foram levados para Ancara por uma ambulância aérea turca.
Entre as provas do Ministério Público estão os relatórios das autópsias dos oito cidadãos turcos e de um cidadão de dupla nacionalidade estadunidense-turco que foram mortos no ataque. Se a promotoria conseguir compilar provas suficientes contra Israel no final de sua investigação, ela irá cobrar das autoridades israelenses pelos vários crimes, incluindo homicídio, lesão, tomada de reféns, ataque a cidadãos turcos em mar aberto e pirataria. Os principais suspeitos na investigação, até agora, são o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Ehud Barak, e o chefe do Estado-Maior General Gabi Ashkenazi.
Procurador Hakan entrevistou todos os feridos na quarta-feira em um hospital de Ankara, exceto os pacientes da unidade de cuidados intensivos. Hakan vai enviar os depoimentos ao Ministério Bakırköy e ao Ministério da Justiça.
Cerca de 500 ativistas que estavam a bordo dos navios da frota foram levados para a Turquia nesta quarta. Os sobreviventes foram examinados pelo Conselho de Medicina Legal (ATK) para fornecer mais elementos sobre o ataque. Os resultados detalhados da autópsia serão também utilizados como prova contra Israel. Os relatórios devem incluir informações sobre a causa da morte e da forma da morte por armas de fogo, e se foram baleados à queima-roupa. O ATK também fará testes para ver se foram usadas armas químicas contra os ativistas da paz.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia e da Justiça também acompanha de perto a investigação, que pode acabar com o indiciamento dos responsáveis pelo ataque. O julgamento destes suspeitos será com base na lei internacional da Convenção do Mar e princípios universais a respeito de um julgamento justo. Para demonstrar a ilegalidade da intervenção de Israel, o Ministério Público vai enfatizar que os navios estavam em águas internacionais, que as pessoas a bordo tinham acenado a bandeira branca de rendição, que os navios levavam ajuda humanitária, que os passageiros não ameaçavam Israel e que a não autorização para a intervenção foi feita pelos capitães dos navios ou pelos países sob cujas bandeiras navegavam. Provas concretas, como disparar contra a vítima à queima-roupa, e os testemunhos das vítimas também serão incluídas como prova. Se, entretanto, uma comissão de inquérito for criada em Israel, a promotoria também vai fazer uso dos resultados dessa comissão. |
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