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Em maio de 1968 eu tinha 16 anos completos. Se animais pressentem tisunames ou terremotos, também senti algo naquele tempo. Não sabia o que era nem de onde vinha mas queria participar. Lembro-me de uma festa na casa de um dos estudantes do Colégio D. Pedro I em São Miguel.
Pouco tempo depois alguns deles eram procurados como criminosos. Cartazes por toda parte, até mesmo nas colunas das estações de trem. A ditadura queria eles. Vivos ou mortos.
E a história parou de seguir seu curso natural. Os governos aqui, em toda parte, construiram barreiras que permanecem até nossos dias. Elas serão derrubadas uma a uma. Ainda nessa geração. Por nós mesmos. Espero.
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