quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Luta de Classes hoje e as lições da Revolução Espanhola

Aqueles que hoje se preocupam com luta de classes deveriam dedicar-se ao estudo profundo da Revolução Espanhola e rápida ação após aprendizado. Lá estão escancarados -- para quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir -- todos os elementos internos e externos, presentes em nossos dias, que impedem o avanço da justiça social e o progresso da qualidade de vida para toda humanidade.

Lá vemos todas as peças do jogo e seus previsíveis movimentos. Vemos o peso morto da falsa esquerda na figura esloganista do bolchevismo, corrupto, sedento pelo poder, ansioso por sentar nas cadeiras douradas da aristocracia e da burguesia, mantendo a escravidão do proletariado.

Lá vemos a enganosa espiritualidade sacerdotal, farisaica, hipócrita, legalista, de um cristianismo às avessas postado ao lado dos poderosos e contra os oprimidos, diametralmente oposto ao ensino de Jesus Cristo e à prática de Francisco de Assis.

Lá vemos a tomada popular consciente e incondicional dos meios de produção. Vemos a autogestão generalizada das escolas, fábricas, campos, indústrias, centros de poder.

Lá vemos num microcosmo o amanhecer tão esperado da humanidade. O sorriso nos lábios dos jovens, a satisfação das crianças e a felicidade nos idosos. Um amanhecer que foi obscurecido pelas mentes doentias dos seguidores de Franco, pela indiferença dos países ditos democráticos e pelo cavalo de troia enviado por Moscou.

Lá vemos cumpridas e confirmadas as profecias de Marx, Kropotkin, Proudhon, Tolstoi, Malatesta, de que o proletariado, para sua revolução vitoriosa, não poderia contar com mais ninguém a não ser com si mesmo, para sua emancipação.

Lá vemos a esquerda proditória. Ruidosa e festiva em público, mas em particular, às portas fechadas e em conchavos, mancomunada com a direita, com corporações, com forças armadas institucionalizadas.

Lá vemos dois grupos de pessoas, as dispostas a matar o inimigo à bala, e os dispostos a neutralizar o inimigo pela desobediência ativa, mesmo ao custo da própria vida.

A Revolução Espanhola, perdeu uma batalha no período 1936-39, mas não perdeu a guerra, ela está ainda em curso. Essa disputa não mais localiza-se apenas em território espanhol. Esse embate espalhou-se por todo canto do planeta. Os inimigos são os mesmos, as corporações são as mesmas, os traidores bolcheviques são os mesmos, as mentiras dos meios de comunicação de massa ainda são as mesmas, todos esses elementos nocivos se apresentam hoje globalizados e globalmente serão superados e vencidos pela Nova Revolução, que não é mais apenas espanhola, tornou-se mundial, universal.

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